Após virar alvo da Lava Jato no Rio de Janeiro, numa operação com cheiro de criminalização da advocacia, Cristiano Zanin foi ao Twitter demonstrar que não se sente intimidado. Segundo ele, a operação Esquema S, autorizada por Marcelo Bretas, é “retaliação” por seu trabalho que expôs os abusos do braço da operação em Curitiba.
Agora, Zanin promete revelar outros desvios, incluindo como membros da Lava Jato foram “indevidamente remunerados”.
Meu trabalho como advogado em 20 anos de carreira, atuando em casos diversos, está amplamente registrado.Em 2004 fiz minha primeira sustentação oral no Plenário do STF. Ainda vou mostrar muitas coisas sobre a Lava Jato, inclusive como seus membros foram indevidamente remunerados.
Numa jogada curiosa, a Lava Jato do Rio de Janeiro casou o início do trâmite da ação penal contra Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, advogados de Lula, entre outros investigados, com a midiática operação de busca e apreensão deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta (9).
A denúncia da Lava Jato tem mais de 500 páginas. A força-tarefa afirma que Zanin, Teixeira e Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomercio, “capitanearam” uma organização criminosa que pode ter desviado, entre 2012 e 2018, 155 milhões de reais do Sistema S a título de honorários advocatícios para vários escritórios de advocacia.
A denúncia, que envolve tráfico de influência no STJ mas não implica nenhum ministro diretamente, é feita com base em delação premiada. Para o site Migalhas, isso ocorreu para que o caso avance na jurisdição de Marcelo Bretas.
A Fecomercio, que assinou os contratos com as bancas, é uma empresa privada, mas tem convênio com Sesc/Senai, do Sistema S – que é bancado com contribuições compulsórias de empresas privadas, recolhidas via Receita Federal.
Em nota, Zanin e Roberto Teixeira informaram que têm provas de que os serviços foram prestados.
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