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A Globalweb, empresa da família de Cristina Boner, é a responsável pela cibersegurança do Superior Tribunal de Justiça, alvo do ataque hacker mais grave já registrado contra um órgão público do Brasil. Ela é ex-mulher (no papel) do advogado Frederick Wassef, assessor informal da família Bolsonaro - foi ele quem escondeu, em Atibaia, Fabrício Queiroz, operador da rachadinha nos gabinetes do grupo.
A ascensão da Globalweb junto a órgãos públicos de Brasília - a empresa obteve numerosos e lucrativos contratos nos últimos anos - coincide com a relação de Wassef com Cristina Boner. O advogado se apresentava a diretores dos órgãos públicos como executivo da Globalweb, de acordo com fontes que trataram com ele.
Cristina Boner e suas empresas de tecnologia têm uma longa e controversa trajetória em Brasília. No decorrer das últimas décadas, ela foi acusada sistematicamente de corrupção e fraudes em licitação. Sempre soube derrubar as acusações nos tribunais - e se reinventar.
A Globalweb tem, ao menos, dois contratos com o STJ. Um deles prevê o suporte completo ao sistema de Justiça do tribunal - onde se encontram os processos e as peças deles, sejam públicas, sejam sigilosas. Esse suporte é completo: inclui a segurança, o armazenamento, o banco de dados e a virtualização de todo o ambiente tecnológico. Numa tradução livre desses jargões, isso significa que a empresa ligada a Wassef é responsável pelos principais serviços de tecnologia do STJ.
Um dos objetos mais relevantes desse contrato é garantir a segurança dos sistemas do tribunal. São três níveis de segurança. O mais crítico é chamado internamente de nível três. Contempla a proteção dos bancos de dados que foram criptografados pelo hacker - ou hackers.
Dentro do STJ, técnicos não associados à Globalweb, embora respeitem os profissionais dela, questionam a credibilidade da empresa para seguir cuidando dos sistemas do tribunal, após um ataque tão grave.
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