1120 visitas - Fonte: Revista Fórum
Uma reportagem sobre a atual crise econômica vivida pelo Brasil, exibida neste domingo (8) pelo Fantástico, tem causado grande repercussão nas redes sociais devido ao que parece ser uma imposição de narrativa. Na matéria, o programa defende a ideia de que a situação econômica atual do país é responsabilidade do governo de Dilma Rousseff, encerrado em maio de 2016.
Além disso, a reportagem não atribui nenhum tipo de responsabilidade a Paulo Guedes, ministro da Economia há quase 2 anos.
Os internautas também perceberam outras omissões, especialmente de políticas implementadas pelo governo de Michel Temer e mantidas por Jair Bolsonaro, como a reforma trabalhista e o teto de gastos.
Sobre o atual presidente, o programa atribuiu a ele responsabilidades pessoais, sobre os erros de suas posições com respeito à geopolítica internacional ou à sua postura diante da pandemia, mas evitou qualquer tipo de crítica à sua política econômica – tanto que seu principal ministro da área foi ignorado completamente.
A deputada Érika Kokay (PT-DF) também reclamou que mesmo a possível justificativa da emissora de buscar um contexto histórico da crise em sua matéria se mostrou ideologizada: “não a contextualiza politicamente nem diz onde se originou: no momento em que Aécio e as elites não aceitaram a derrota de 2014 e passaram a sabotar o Brasil”.
A matéria também foi criticada por “dizer que a desigualdade social diminuiu drasticamente durante a primeira década dos Anos 2000 e voltou e não deixa claro o porquê disso e nem quem estava no governo nessa época” – durante aqueles anos, especialmente no período em que a desigualdade diminuiu, o presidente era Luiz Inácio Lula da Silva.
Veja alguns tuítes sobre a reportagem:
Thiago dos Reis fez o seguinte comentário:
Agora o Fantástico @showdavida fala sobre a pobreza no Brasil e põe TODA A CULPA NA DILMA.
— Thiago Brasil (@ThiagoResiste) November 9, 2020
2014 saindo do mapa da fome, chegando ao pleno emprego? Omitiram. Golpe, reformas, Guedes? Omitiram.
Mas colocaram o ARMÍNIO FRAGA (da crise de 1998) pra dar opinião!
Doutrinação pura!!
O Fantástico faz uma reportagem que atenta contra nossa inteligência sobre pobreza e desigualdade.
— Erika Kokay (@erikakokay) November 9, 2020
Fala da “crise”, mas não a contextualiza politicamente nem diz onde se originou: no momento em que Aécio e as elites não aceitaram a derrota de 2014 e passaram a sabotar o Brasil.
O #Fantastico dizendo que a desigualdade social diminuiu drasticamente durante a primeira década dos anos 2000 e voltou a crescer em 2016 e não deixa claro o porque disso e quem estava no governo nessa época. A desonestidade jornalística dessa gente é surreal.
— Lucas Mendes (@lumendes50) November 9, 2020
Fantástico botando a crise de 2015 na conta da Dilma.
— Matheus Toledo (@matheustoledo_) November 9, 2020
Menciona ascensão da Classe C e queda dos índices de pobreza nos anos 2000 como obras sem autoria, caídas do céu.
Na hora de propor saídas, ouve Armínio Fraga.
É projeto, é agenda, é propaganda.
A lá o Fantástico culpando exclusivamente a Dilma pela falência do Brasil nos últimos anos.
— O Pato American Communist (@CorporacaoPato) November 9, 2020
Não cita Temer
Não cita o desastre Guedes
Não cita a PEC dos Gastos
Não cita a reforma trabalhista
Não cita a Lavajato falindo empresas
O controle da narrativa é esse.
Filhos da puta
Rolando uma puta matéria com a talentosíssima Sonia Bridi sobre desigualdade e bolsa família no Fantástico. Rendendo-se ao Bolsa Família e confirmando, c/ a nobel, que n é um programa q estimula a preguiça. Altos elogios. Só esqueceu de dizer que foi @LulaOficial quem implementou
— Lívia Cirnica (@cirnecomR) November 9, 2020