610 visitas - Fonte: Revista Fórum
Em entrevista a uma bancada que reuniu de banqueiros – como Luiz Trabuco, presidente do Bradesco -, empresários ao ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, na noite deste domingo Paulo Guedes afirmou que a democracia não está em risco.
A declaração foi feita em resposta a Sergio Moro, que indagou o ex-colega se a política ambiental do governo estaria atrapalhando a finalização de acordos comerciais como a entrada do país na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e a aliança entre Mercosul e União Europeia. Em sua resposta, Guedes fez questão de falar sobre o “risco” à democracia.
“Sobre a agenda ambiental, claro que entramos com uma perspectiva interna de soberania e lá fora foi considerada um absurdo. Entramos com um tom que foi ruim para nós e isso se somou à própria divulgação de quem perdeu as eleições e não está sabendo se comportar. Dizem que a demobracia está em risco. Quem vai ameaçar? Quem é que vai começar um ataque a democracia? Congresso, Senado, está tudo aberto. As Forças Armadas estão no quartel. A mídia é livre”, disse.
Moro ainda indagou Guedes sobre as políticas de combate à corrupção e ouviu do colega – que lamentou sua saída do governo – que Bolsonaro tem “uma visão que ele não pode ser perseguido pela máquina pública”.
“Lamentei muito quando houve o desentendimento entre você [Moro] e o presidente. Entendo a perspectiva de cada um. Devem ter tido suas conversas, o presidente deve ter suas razões. Ele tem uma visão de que tem uma máquina pública contra ele, e que ele não pode ser perseguido pela máquina pública”, disse Guedes, citando ainda o também ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
“Você [Moro] saiu e agora a Lava Jato está com risco de acabar. O Mandetta pode atribuir a piora da pandemia à saída dele. Cada um cuida da sua biografia ou cuida da vida de 200 milhões de brasileiros”, disse.
Vacinação
Na entrevista, Guedes ainda fez questão de alinhar seu discurso a de banqueiros e empresários que, em carta aberta, exigem que o governo amplie a vacinação e incentive medidas de isolamento social.
Em sua fala, o ministro defendeu que a iniciativa privada compre as próprios vacinas para vacinar “quem quiser”.
“Precisa liberar para a iniciativa privada entrar e fazer os acordos. Primeiro entrega tudo para o SUS [Sistema Único de Saúde] para vacinar quem é de risco e para não haja a impressão que só quem é rico tomou. Depois, as empresas podem continuar doando metade para o SUS, mas os outros 50% podem vacinar quem quiser”, afirmou, ressaltando que “a primeira medida fiscal, de saúde pública, de tudo, é a vacinação em massa”.
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