PF descobre que hacker que vazou dados de 223 milhões de brasileiros, foi pago no exterior pelo vazamento

Portal Plantão Brasil
22/3/2021 12:20

PF descobre que hacker que vazou dados de 223 milhões de brasileiros, foi pago no exterior pelo vazamento

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971 visitas - Fonte: O Globo

BRASÍLIA - A Polícia Federal detectou pagamentos no exterior ao hacker responsável pelo vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros e descobriu que informações sigilosas do Imposto de Renda foram colocadas à venda. Além disso, detectou alto número de transações de criptomoedas envolvendo o segundo hacker alvo da investigação.







Com essas informações, a PF deflagrou na última sexta-feira a Operação Deepwater, que prendeu dois hackers envolvidos no caso e cumpriu busca e apreensão contra eles.



A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das fake news, já que o vazamento também atingiu autoridades do STF.



A investigação detectou que, no dia 11 de janeiro, uma pessoa disponibilizou, em um fórum na internet, um banco de dados de 223 milhões de cidadãos brasileiros e de empresas. O usuário, de nome "JustBR", era Yuri Batista Novaes Goiana Ferraz, morador de Petrolina (PE) que foi alvo da operação. Os dados foram disponibilizados em uma plataforma sediada na Suíça.







Após obter essa informação, investigadores da Polícia Federal acessaram o banco de dados disponibilizado pelo hacker e confirmaram as suspeitas.



A planilha possuía 14 gigabytes e informações sobre 223 milhões de CPFs. Entretanto, os dados mais sensíveis, a exemplo do Imposto de Renda, só eram fornecidos mediante o pagamento de criptomoedas, uma espécie de moeda virtual.



Por meio de diligências em cooperação internacional, a PF detectou que Yuri Batista utilizava uma carteira de criptomoedas de um servidor de origem russa e sediado no Panamá.



Passados 15 dias após o vazamento dos dados, houve pagamento de valor equivalente a US$ 1.500 à conta do hacker, segundo informações obtidas pela investigação. A PF obteve indícios de que os repasses eram referentes à comercialização dos dados dos brasileiros.







Arma ilegal



Yuri Batista inicialmente seria apenas alvo de buscas, mas acabou sendo preso depois que a PF encontrou uma arma mantida ilegalmente em sua residência.



Um segundo hacker, que usava o apelido "VandaTheGod", cujo nome é Marcos Roberto Correia da Silva, também negociava a venda desses dados, conforme apurou a PF.





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