436 visitas - Fonte: O Globo
RIO — O dono da empresa Davati Medical Supply, o americano Herman Cardenas, disse em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, exibida neste domingo, que não pode contar de onde a companhia tiraria as 400 milhões de doses da vacina fabricada pela AstraZeneca negociadas com o Ministério da Saúde, no Brasil. O empresário se limitou a citar uma “alocação”, espécie de reserva de vacinas.
— A empresa detentora de uma alocação de vacinas não nos passou o contrato que tinha com o fabricante. Então não sei como conseguiram essa alocação. Mas eles mostraram documentos e comunicações que nos convenceram de que tinham a alocação — disse Cardenas à TV Globo.
O caso entrou na mira da CPI da Covid no Senado. O policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresentou como intermediário da Davati no Brasil, declarou à comissão que procurou o ministério para oferecer uma remessa dos imunizantes e que o ex-diretor de logística da pasta Roberto Ferreira Dias teria exigido US$ 1 de propina para cada dose de vacina negociada. A AstraZeneca nega que tenha autorizado a Davati a comercializar ou negociar doses da vacina em seu nome.
Na entrevista, Cardenas disse que não desconfiou de irregularidades na negociação:
— De agora em diante vamos conhecer melhor os nossos parceiros, antes de fazer negócios.
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