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Belém, no Pará, está fervilhando de atividades em antecipação à Cúpula da Amazônia, um evento de dois dias que reunirá líderes de países situados no bioma amazônico. No entanto, antes do início oficial da cúpula, a cidade já testemunha uma série de eventos não oficiais, organizados por entidades governamentais e da sociedade civil. Estes eventos estão atraindo milhares de membros de diversos movimentos sociais da Amazônia, incluindo indígenas, quilombolas, extrativistas, camponeses e moradores urbanos.
Movimentos nacionais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), também marcaram presença. Embora cada movimento tenha suas próprias demandas, todos compartilham um objetivo comum: a defesa da floresta e o desenvolvimento sustentável, priorizando o bem-estar da população em detrimento de grandes empreendimentos econômicos.
A Cúpula da Amazônia, organizada pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), é vista como uma prévia da COP-30, que ocorrerá em Belém em 2025. O presidente Lula tem a intenção de engajar os países vizinhos em um compromisso ambicioso de desmatamento zero até 2030 e fortalecer a OTCA.
Embora a cúpula seja reconhecida como um espaço legítimo para discussão, líderes de movimentos sociais expressaram ceticismo sobre a incorporação total e imediata de suas demandas pelos governos. Para abordar isso, o governo federal organizou os "Diálogos Amazônicos", onde serão realizadas plenárias para discutir questões pertinentes e os resultados serão apresentados aos líderes dos países amazônicos.
A participação indígena é uma questão central. Kleber Karipuna, coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, enfatizou a necessidade de uma representação indígena mais ampla na cúpula, para que as vozes indígenas sejam ouvidas diretamente pelos presidentes.
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