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O Partido dos Trabalhadores (PT) prepara uma estratégia nacional para as eleições de 2026 com foco claro: impedir que o bolsonarismo domine o Senado e comprometa um eventual quarto mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para isso, a legenda avalia abrir mão de candidaturas próprias em alguns estados, apoiando nomes de partidos aliados como MDB, PSB e PSD, desde que com alinhamento ao projeto de reconstrução nacional liderado por Lula.
A decisão é motivada pelo risco de que Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, organize uma ofensiva para eleger aliados extremistas ao Senado e tente usar a Casa para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF), defender anistias a golpistas de 8 de janeiro e sabotar indicações do governo a órgãos estratégicos como o Banco Central. Entre os nomes cotados pela extrema-direita estão Michelle, Flávio e Eduardo Bolsonaro, todos já em campanha velada.
“Nosso objetivo é montar uma bancada lulista no Senado, capaz de sustentar os avanços sociais, econômicos e institucionais iniciados desde 2023”, afirmou o presidente do PT, senador Humberto Costa. Hoje o partido conta com nove senadores, mas seis deles terão mandatos encerrados em 2027. Dos que buscarão reeleição, destacam-se Jaques Wagner (BA), Fabiano Contarato (ES), Randolfe Rodrigues (AP) e Rogério Carvalho (SE).
A governadora Fátima Bezerra (RN), uma das mais bem avaliadas do país, é nome certo para o Senado. No RS, o ex-ministro Paulo Pimenta deve ocupar o espaço deixado por Paulo Paim. Em São Paulo, o ministro Fernando Haddad desponta como favorito para enfrentar o bolsonarismo no estado mais populoso do país, enquanto no DF, a deputada Erika Kokay é a principal aposta petista.
O plano também prevê articulações com nomes de outros partidos, como Marcelo Castro (MDB-PI), Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Alessandro Molon (PSB-RJ), desde que se comprometam com a governabilidade democrática e com o combate à extrema-direita.
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A estratégia do PT é pragmática: derrotar o bolsonarismo nas urnas e garantir uma base sólida para Lula seguir avançando na reconstrução do Brasil. A meta é evitar uma maioria conservadora que trave pautas sociais, dificulte nomeações e fomente a instabilidade institucional.
Com informações da Folha de S.Paulo
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