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Adélio Bispo, autor da facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018, passou por uma nova e crucial avaliação psiquiátrica no Presídio Federal de Campo Grande. O procedimento, realizado por um perito oficial, busca definir se Adélio ainda mantém o transtorno mental que o declarou inimputável, justificando a continuidade de sua medida de segurança no sistema federal. a defesa e o Ministério Público aguardam o laudo, que utilizará trechos preservados dos documentos originais, não digitalizados para evitar vazamentos, e informações dos profissionais que atuaram no caso.
A avaliação psiquiátrica atual é fundamental para responder a três questionamentos centrais da Justiça: se Adélio ainda apresenta o transtorno mental que justifica a medida de segurança, se ele representa risco para terceiros ou para si próprio, e qual seria o prazo adequado para uma nova reavaliação caso a periculosidade persista. as respostas a essas perguntas definirão se o atentador permanece recolhido na penitenciária federal, onde ocupa uma cela de cerca de seis metros quadrados.
O quadro clínico de Adélio, porém, é de severa deterioração. Agentes do sistema prisional relataram que o estado mental do detento se agravou durante o encarceramento. segundo os servidores, Adélio demonstra total desconhecimento de acontecimentos recentes de grande repercussão, incluindo a condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por conspiração golpista. o relato descreve um cenário de perda de contato com a realidade e um agravamento clínico preocupante.
Apesar do andamento da perícia e do agravamento do quadro, autoridades que acompanham o caso consideram remota a possibilidade de mudança no regime de Adélio. A avaliação é de que o Poder Judiciário tende a priorizar os critérios de segurança pública, mantendo as condições atuais, que garantem o isolamento do atentador, enquanto o laudo pericial não indicar a cessação completa da periculosidade.
A permanência no presídio federal de Campo Grande, sob medida de segurança, pode se estender por um longo período. caso a Justiça decida manter o regime, Adélio continuará encarcerado até 2038, ano em que completará 60 anos, conforme o prazo máximo previsto nas regras do sistema penitenciário federal.
O caso de Adélio Bispo, que foi fundamental para a construção da narrativa de vitimização do bolsonarismo em 2018, volta à tona revelando o profundo drama de saúde mental do indivíduo. no entanto, a prioridade das autoridades é, de forma pragmática, a segurança pública, mantendo o autor do atentado isolado para garantir a ordem social.
Com informações da Isto É
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