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A família do pescador colombiano Alejandro Carranza denunciou os Estados Unidos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) após sua morte em um ataque no Caribe. Carranza havia saído para pescar em mar aberto em Santa Marta, em 15 de setembro, e foi encontrado morto dias depois. A família nega veementemente qualquer envolvimento dele com o tráfico de drogas.
Nos últimos meses, mais de 80 pessoas morreram em operações americanas no Caribe e no Pacífico, a bordo de lanchas suspeitas de transportar entorpecentes. A denúncia à CIDH atribui a ordem dos ataques ao secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, e afirma que o presidente Donald Trump confirmou a continuidade dessas ações. A CIDH faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O caso foi apresentado à comissão pelo advogado e especialista em direitos humanos Dan Kovalik, que também é representante jurídico do presidente colombiano Gustavo Petro nos EUA. A viúva de Carranza, Katerine Hernández, reforçou que o marido era apenas um pescador e deixou quatro filhos.
A situação da família se agravou, pois, segundo a denúncia, eles estão recebendo ameaças de grupos paramilitares na região. O presidente Petro classificou as mortes como "execuções extrajudiciais" e declarou total apoio aos parentes de Carranza.
A Casa Branca, por sua vez, afirma que os ataques às embarcações continuarão, apesar de críticos e especialistas questionarem a legalidade das ações, já que não há uma guerra declarada. O governo Trump justificou as operações classificando os grupos narcotraficantes latino-americanos como terroristas. Trump ainda elevou o tom, dizendo na terça (2) que o próximo passo pode envolver ações terrestres, especialmente contra a Venezuela, cujo presidente, Nicolás Maduro, acusa as investidas americanas de serem uma tentativa de derrubar seu governo.
Com informações da Folha de S.Paulo
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