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O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início na próxima terça-feira (9) ao julgamento do núcleo 2 da trama golpista, um passo crucial para desmantelar a rede de extrema-direita que tentou subverter a democracia. O grupo é acusado de ser o braço operacional responsável por elaborar a infame "minuta do golpe", monitorar autoridades e propor ações violentas para "neutralizar" pessoas durante as eleições de 2022.
Segundo as investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR), este núcleo foi essencial na articulação criminosa dentro da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A ação da PRF tinha o objetivo claro de dificultar o voto de eleitores da Região Nordeste nas eleições de 2022, em uma manobra antidemocrática para favorecer o então candidato à reeleição.
Os réus serão julgados por crimes gravíssimos contra o Estado, incluindo tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A análise do caso, que ocorrerá ao longo de diversas sessões, está agendada para os dias 9, 10, 16 e 17 de dezembro. A primeira sessão, na próxima terça, terá dois turnos: manhã (das 9h às 12h) e tarde (das 14h às 19h). A agenda de julgamentos foi organizada pelo ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma do STF, a pedido do relator da AP 2693, ministro Alexandre de Moraes.
O núcleo 2 é composto por figuras-chave da máquina bolsonarista: Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da PRF), o general da reserva Mário Fernandes, o coronel da reserva e ex-assessor Marcelo Costa Câmara, o ex-assessor internacional Filipe Garcia Martins Pereira, e os delegados da Polícia Federal Fernando de Sousa Oliveira e Marília Ferreira de Alencar. Até o momento, 24 réus já foram condenados pela trama golpista, incluindo membros do núcleo 1, formado por Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo, e os núcleos 3 e 4. A justiça tarda, mas não falha.
Com informações do DCM
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