Chanceler Mauro Vieira BATE de frente com Washington e ganha protagonismo maior

Portal Plantão Brasil
8/12/2025 11:31

Chanceler Mauro Vieira BATE de frente com Washington e ganha protagonismo maior

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A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, desencadeada pela imposição de sobretaxa a produtos brasileiros e sanções a autoridades nacionais, reposicionou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no centro da política externa do governo Lula. Washington justificou as medidas como resposta ao tratamento dado pelo Judiciário ao ex-presidente Jair Bolsonaro, elevando a tensão bilateral.

O episódio deu a Vieira um protagonismo que ele não havia desfrutado desde o início do mandato, tirando-o da sombra de Celso Amorim, assessor especial do Planalto e histórico formulador da diplomacia petista. Amorim, que conduzia temas sensíveis como a guerra na Ucrânia e a situação venezuelana, viu a condução da crise mais complexa recair sobre o chanceler, uma vez que a política externa exige um ator institucional menos identificado com o PT, segundo analistas.

Vieira assumiu a linha de frente do diálogo com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, com quem se reuniu duas vezes. Ao rebater as pressões e reafirmar publicamente que as relações bilaterais não são "incondicionais", Vieira defendeu a soberania brasileira e ganhou peso político. Diplomatas avaliam que sua capacidade de manter a interlocução com Rubio, figura influente na gestão do presidente Donald Trump, em meio à pressão, é um ativo raro e essencial neste momento turbulento.

Apesar de negar disputas e afirmar que ambos têm funções complementares, Vieira e Amorim vivem uma divisão de papéis clara: o chanceler atua como o executor habilidoso da política externa, enquanto Amorim permanece como o formulador estratégico e conselheiro direto de Lula. Um diplomata resumiu a diferença, afirmando que Vieira ocupa um lugar institucional que um assessor não poderia ter.

Desde que assumiu o Itamaraty, Vieira manteve mais de 530 reuniões de alto nível com mais de 140 chanceleres, gerenciando pautas importantes como o Brics, o G20, negociações com a União Europeia e a escalada da crise no Conselho de Segurança da ONU. Na atual crise com os EUA, o ex-embaixador mobilizou uma operação sigilosa para monitorar as reações em Washington, combinando uma atuação enérgica com a discrição necessária, um perfil visto como crucial para a diplomacia recente.

Contudo, a influência de Amorim permanece forte. Críticos como o diplomata Paulo Roberto de Almeida ponderam que a política externa segue concentrada no Planalto, operando sob uma "diplomacia presidencialista, personalista", que, segundo ele, introduz improvisações que comprometem a credibilidade do Brasil no cenário internacional, mesmo com o esforço de Vieira em gerenciar a crise.

Com informações do DCM

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