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A rápida sucessão de declarações do senador Flávio Bolsonaro sobre sua própria pré-candidatura à Presidência, lançada na sexta-feira (5) e posta à venda no domingo (7), provocou profundo desconforto e crise entre aliados do campo conservador. De acordo com informações, a oscilação do senador, que afirmou ter “um preço” para abandonar a disputa, é vista internamente como um movimento desastroso e sem estratégia, que expõe o desgaste do grupo político ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Nos bastidores, avalia-se que a verdadeira motivação por trás da manobra seria tentar agradar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na esperança de que o governo norte-americano mantenha as sanções contra autoridades brasileiras como o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A declaração de Flávio Bolsonaro de que “tem um preço” para recuar da corrida presidencial, feita apenas 48 horas após o anúncio solene, foi recebida com perplexidade. O gesto é interpretado por parlamentares e analistas como a confissão de que a candidatura não é um projeto político sério, mas uma moeda de troca em um cenário de barganha. A estratégia, porém, é considerada arriscadíssima, pois depende da continuidade do apoio de Trump, que pode optar por uma aproximação diplomática com o presidente Lula, deixando a família Bolsonaro isolada internacionalmente após a prisão do ex-presidente por tentativa de golpe.
O impacto da instabilidade gerada pelo anúncio foi imediato no mercado financeiro, derrubando a Bolsa de Valores e pressionando o dólar. Além do custo econômico, a manobra está acelerando a fragmentação da direita, com lideranças do Centrão e do campo conservador buscando alternativas distantes do sobrenome Bolsonaro, como os governadores Ratinho Jr. e Romeu Zema. A tentativa de vincular a desistência da candidatura a uma negociação por anistia ampla para os condenados pelo golpismo de 8 de janeiro é vista como “irrealista” e amplia a rejeição ao grupo. Para o campo progressista, o episódio é mais um capítulo da desmoralização política de uma família que transforma uma eleição presidencial em um instrumento de chantagem e subserviência a interesses externos.
Com informações do g1
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