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Uma investigação publicada pelo New York Times em 6 de dezembro revelou que, nos últimos quatro anos, o governo ucraniano de Volodymyr Zelensky enfraqueceu deliberadamente mecanismos de fiscalização em empresas estatais e na compra de armamentos, facilitando desvios massivos de recursos. Segundo o jornal, a gestão de Zelensky afastou especialistas dos Estados Unidos e da União Europeia que atuavam em conselhos responsáveis por acompanhar gastos e barrar irregularidades.
O relatório aponta que o governo ucraniano preencheu conselhos com aliados, deixou vagas em aberto sem justificativa ou impediu a instalação de colegiados fiscalizadores. Além disso, houve alterações nos estatutos de empresas para reduzir o alcance de órgãos de controle, permitindo movimentação de grandes somas de dinheiro público sem qualquer verificação externa.
A publicação do NYT veio à tona em meio a um escândalo de corrupção que acusa integrantes do círculo íntimo de Zelensky de desviar US$ 100 milhões da Energoatom, a estatal do setor nuclear. Embora o governo tente culpar o conselho supervisor da empresa, o New York Times destaca que foi a própria administração que havia esvaziado a capacidade de fiscalização desse conselho. Perdas de influência também foram notadas em conselhos da Ukrenergo (rede elétrica) e da Agência de Compras de Defesa.
O escândalo se aprofundou com a saída do chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, logo após a operação que apura desvios na Energoatom. A imprensa ucraniana noticiou que Yermak, que também é cidadão de Israel e tem grande influência em áreas militares e de relações externas, deixou o cargo e partiu para o país pouco antes de sua residência ser alvo de buscas policiais.
O empresário Timur Mindich, cofundador da produtora Kvartal 95 com Zelensky, é apontado como líder do esquema de desvio da Energoatom. Mindich também saiu da Ucrânia rumo a Israel horas antes de a polícia realizar uma operação em seu apartamento. A Fox News noticiou que Mindich mantinha um imóvel de altíssimo padrão, com itens de luxo, no mesmo prédio onde Zelensky residia.
Apesar de todas as práticas de corrupção e esvaziamento da fiscalização, líderes europeus continuam destinando grandes quantias de dinheiro ao governo ucraniano. Christian Syse, enviado especial da Noruega, admitiu que os riscos são assumidos devido à guerra e ao interesse estratégico dos países europeus em apoiar Kiev, ignorando o uso indevido da ajuda.
Com informações do DCM
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