Lula afirma ter solicitado a Trump a prisão do dono da Refit

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Em discurso no Palácio do Planalto nesta terça-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a prisão de um empresário brasileiro que reside em Miami. Lula classificou o homem como "um dos grandes chefes do crime organizado brasileiro" e "o maior devedor deste país", ligado à importação de combustíveis. O presidente afirmou que fez a solicitação durante um telefonema recente, no qual se colocou à disposição para colaborar no combate ao crime organizado, problema que definiu como o mais grave do Brasil atualmente.

"Liguei para o presidente Trump e disse a ele que se ele quiser enfrentar o crime organizado, nós estamos à disposição, e mandei para ele no mesmo dia a proposta do que nós queremos fazer", declarou Lula. "Disse para ele, inclusive, que um dos grandes chefes do crime organizado brasileiro, que é o maior devedor deste país, que é importador de combustível, mora em Miami. Então, se quiser ajudar, vamos ajudar prendendo logo esse aí", acrescentou, sem revelar o nome do empresário.

O assunto surgiu na esteira da operação da Receita Federal contra a refinaria privada Refit, que investiga operações irregulares com empresas constituídas no estado norte-americano de Delaware, conhecido por permitir a criação de empresas com anonimato e sem tributação local. Segundo o fisco brasileiro, essas entidades são comumente usadas para lavagem de dinheiro ou blindagem patrimonial. Após a operação, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Ricardo Lewandowski (Justiça) sugeriram a Lula que buscasse cooperação com as autoridades dos EUA. Haddad já entregou um dossiê sobre o caso aos americanos, dando seguimento ao contato estabelecido pelos dois presidentes.

Com informações da Reuters

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