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O presidente nacional do PT, Edinho Silva, desdenhou da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), classificando-a como inconsistente e pouco séria. Em encontro com jornalistas em Brasília, Edinho, que deve comandar a campanha de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, ironizou a oscilação do filho do ex-presidente, que anunciou a pretensão de concorrer ao Planalto, mas logo em seguida admitiu a possibilidade de recuar. “Ninguém se lança candidato num dia e no outro dia abre para negociação. Nunca vi isso na minha vida em 40 anos de militância política. Não dá para levar a sério”, afirmou o dirigente petista.
Para Edinho, se o objetivo real de Flávio fosse criar margem para negociar em torno dos interesses do pai, a estratégia adotada foi equivocada e fraca. “Nem quem quer negociar vai levar a sério”, completou. Ele avaliou que o campo conservador só conseguirá consolidar um nome presidencial competitivo entre maio e junho de 2026, descartando a solidez do movimento atual em torno do senador. O petista ressaltou, no entanto, que qualquer adversário da direita surgirá com uma base sólida, capitalizando a polarização política. “Ele vem com mais de 30% dos votos. A não ser que seja uma liderança muito frágil”, ponderou.
Edinho Silva também comentou a resolução do PT que direciona críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontando-o como a figura central da ultradireita atualmente. “O que o Tarcísio ocupa hoje é o papel de líder desse campo mais de ultradireita. Faz questão de se caracterizar como herdeiro da ultradireita”, disse. Sobre o futuro do PT, foi enfático ao afirmar que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é hoje a principal liderança nacional do partido depois de Lula, destacando sua exposição na disputa de 2018. Ele mencionou que Haddad tem até 2030 para se consolidar como sucessor, em um processo dinâmico que também inclui outras lideranças estaduais. Sobre o vice-presidente Geraldo Alckmin, Edinho afirmou que ele é uma “liderança nacional de primeira grandeza” e que poderá escolher seu papel em 2026.
Com informações do jornal O Globo
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