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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que pautará para esta terça-feira (9) a votação do projeto de lei que tem o potencial de reduzir as penas de indivíduos envolvidos nos atos golpistas de 2022, beneficiando, inclusive, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Batizado de PL da Dosimetria, o texto é uma alternativa costurada pelo relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), após o projeto de anistia original — apresentado em 2023 por deputados do PL e do Republicanos para perdoar todos os envolvidos nas manifestações pós-segundo turno — enfrentar forte resistência e não ser votado, embora tenha tido a urgência aprovada.
Ainda que o texto final não seja público, o relator vinha defendendo que a "ideia é pacificar o país, um projeto meio-termo", que não iria "de encontro ao Supremo [Tribunal Federal]", mas que incluía benefícios para o ex-presidente Bolsonaro, buscando um alívio nas sanções judiciais.
A decisão de pautar o projeto neste momento ocorre após o filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), anunciar sua candidatura e declarar que ela "tem preço", sinalizando que o primeiro pagamento seria justamente esse resgate político, materializado na dosimetria, e não na anistia.
Essa declaração foi amplamente interpretada pelos partidos do Centrão como um recado direto e uma oportunidade. Líderes dessa base passaram, então, a pressionar pela votação do projeto, enquadrando-o como parte crucial das negociações para definir o apoio ao possível candidato da direita em futuras disputas.
Em paralelo à articulação para beneficiar os golpistas, Hugo Motta informou que a Câmara também irá analisar os processos de cassação dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP). No caso de Eduardo, que deixou o país em fevereiro após o avanço de investigações do STF, Motta afirmou que ele já atingiu o número "suficiente" de faltas, devendo ter o processo finalizado até a próxima semana, com cinco sessões para apresentar sua defesa. A situação de Carla Zambelli, por sua vez, deve ser analisada na próxima quarta-feira (10), mas ainda depende de parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Com informações do G1
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