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O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou nesta quarta-feira (10) que o salário mínimo para 2026 será de R$ 1.621, um aumento de R$ 103 (6,79%) sobre o valor atual de R$ 1.518. O reajuste, que será pago a partir de fevereiro, marca a continuidade da política de aumento real, resgatando o poder de compra dos trabalhadores após o arrocho salarial imposto pelo governo Bolsonaro, que corrigia o piso apenas pela inflação.
O cálculo do novo piso é feito com base na lei que combina a inflação medida pelo INPC (4,4%) com o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores (2024). Devido à restrição do novo arcabouço fiscal, o aumento real foi limitado a 2,5% do crescimento do PIB de 3,4%, totalizando o reajuste de 6,79%.
Este aumento é crucial para 59,9 milhões de brasileiros, segundo o Dieese, pois o valor do salário mínimo não apenas impacta trabalhadores, mas também aposentadorias e benefícios sociais essenciais como o BPC. A elevação do poder de compra injeta recursos na economia e aumenta o salário médio no país.
A política de valorização salarial, embora vital para a população, tem implicações nas contas públicas. O governo calculou que o aumento de R$ 103 resultará em um impacto de cerca de R$ 43,2 bilhões nas despesas obrigatórias de 2026. Este cenário tem reaberto debates entre economistas, com alguns defendendo a desvinculação dos benefícios previdenciários do salário mínimo – proposta utilizada por críticos para justificar a ausência de aumento real durante o governo anterior.
No entanto, o valor anunciado ainda está longe de garantir a dignidade plena do trabalhador, conforme determina a Constituição. O Dieese calculou que o salário mínimo necessário em novembro de 2025 para sustentar as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas (alimentação, moradia, saúde, educação, etc.) seria de R$ 7.067,18, valor 4,66 vezes superior ao piso atual.
Apesar da defasagem em relação ao ideal, a volta da política de ganho real do salário mínimo é celebrada como um compromisso fundamental do governo Lula com a justiça social e a valorização da classe trabalhadora, diferentemente dos anos de austeridade.
Com informações do DCM
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