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Em um triunfo inequívoco da diplomacia conduzida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo dos Estados Unidos retirou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, da lista de sanções vinculadas à Lei Global Magnitsky. A decisão, anunciada pelo Ofac (Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA), encerra a maior crise bilateral entre as nações em mais de 200 anos e representa o fracasso completo da estratégia internacional do bolsonarismo.
A inclusão de Moraes na lista, ocorrida em julho deste ano, havia sido resultado de uma campanha de pressão direta de figuras bolsonaristas, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista político Paulo Figueiredo, junto a republicanos nos Estados Unidos. A acusação infundada era a de que o ministro teria violado direitos humanos em decisões relacionadas às investigações de atos antidemocráticos. A retirada da sanção desmoraliza esses ataques, mostrando que a legislação internacional de combate à corrupção e violações graves de direitos humanos não se aplica aos atos do magistrado brasileiro.
O presidente Lula utilizou suas conversas com o atual presidente dos EUA, Donald Trump, para negociar a normalização das relações, sendo categórico ao afirmar que o fim das sanções a Moraes era a condição fundamental para a distensão. A insistência de Lula deu frutos, e após o último diálogo entre os dois presidentes, o líder brasileiro demonstrou confiança. A retirada das sanções garante que Moraes e sua família não sofrerão restrições financeiras, bloqueio de bens ou limitações de entrada em território americano.
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Trump, que já havia retirado o tema Bolsonaro de suas conversas com a cúpula do governo brasileiro, busca agora um "acordo" com o Brasil e a retirada das sanções a Moraes foi o primeiro gesto. A expectativa do Itamaraty e do Planalto é que essa ação facilite outros avanços, como o fim das tarifas políticas de 40% ao Brasil e a criação de um plano conjunto de combate ao crime organizado nas Américas, defendido por Lula para coibir o uso de mecanismos financeiros dos EUA por criminosos.
O fracasso é particularmente humilhante para o ex-presidente Jair Bolsonaro. A sanção original, aplicada em julho, estava diretamente relacionada ao processo no STF que resultou na condenação do líder da extrema-direita a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe. Com a retirada da Magnitsky, a última esperança de Bolsonaro de ter seu "ídolo" Trump intervindo em seu favor foi sepultada, confirmando que "Trump não gosta de perdedores".
A decisão do governo Trump é vista no Brasil como um gesto de distensão nas relações institucionais e um revés monumental para a estratégia de setores que tentavam enquadrar decisões do STF como mera perseguição política. Com a diplomacia soberana de Lula, o Brasil reafirma sua posição no cenário global, deixando a extrema-direita brasileira isolada e derrotada em sua campanha internacional.
Com informações do UOL
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