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Em resposta a um apelo público do prefeito Ricardo Nunes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu enviar o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a São Paulo para mediar a crise de falta de energia que atinge a Grande São Paulo. O compromisso foi assumido durante a inauguração do canal SBT News, em Osasco, evento que reuniu Lula, Nunes e o governador Tarcísio de Freitas. No local, o prefeito mostrou em seu celular ao presidente que, naquele momento, 498 mil residências estavam sem energia, reforçando o pedido de ajuda federal.
O diálogo, descrito como cordial apesar das divergências políticas, contou com a participação do governador Tarcísio, que afirmou serem necessários "instrumentos regulatórios" adequados para enfrentar a situação. Tanto a prefeitura quanto o governo estadual atribuem a crise à incapacidade da concessionária Enel em restabelecer o fornecimento após fortes ventos e destacam que a fiscalização do serviço é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão federal.
Os efeitos do apagão se espalharam pela cidade, causando transtornos significativos à população. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, 157 semáforos estavam desligados, exigindo a mobilização de centenas de agentes para organizar o trânsito. A tempestade também provocou quedas de árvores, falta de água em algumas regiões e problemas nos aeroportos. O Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura informou que o ciclone começa a se afastar, mas um novo sistema de baixa pressão deve trazer chuvas para o fim de semana.
O ministro Alexandre Silveira afirmou que o governo federal está focado na solução da crise, mas criticou o que considera uma disputa política em torno do tema. A atuação da Enel, concessionária responsável pela distribuição na região, permanece no centro das críticas, com o Tribunal de Justiça de São Paulo determinando que a empresa restabeleça o fornecimento em até 12 horas. A mediação do ministro buscará alinhar os esforços entre a União, o estado e o município para normalizar a situação.
Com informações da Folha de S.Paulo
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