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O presidente da Câmara, Hugo Motta, saiu em defesa da servidora Mariângela Fialek, a "Tuca", alvo de operação da Polícia Federal que investiga o esquema do orçamento secreto. Em nota, Motta afirmou que a ex-assessora do ex-presidente da Casa Arthur Lira é uma "técnica competente, responsável e comprometida com a boa gestão da coisa pública", destacando seu papel no "aprimoramento dos sistemas de rastreabilidade" das emendas. A defesa ocorre enquanto as investigações, autorizadas pelo ministro do STF Flávio Dino, apontam que a servidora era a operadora central do mecanismo que destina verbas públicas sem transparência.
Segundo o relatório da PF e depoimentos de parlamentares, Tuca enviava ordens diretas para as comissões da Câmara, determinando a liberação de emendas parlamentares, especialmente para o estado de Alagoas, base de Arthur Lira. O ministro Flávio Dino autorizou as buscas ao constatar indícios de uma "atuação contínua, sistemática e estruturada" na organização do orçamento secreto e diante da suspeita de que a servidora teria adotado condutas para impedir o backup de dados sensíveis. As investigações revelaram um modus operandi surpreendentemente rudimentar para um esquema de bilhões.
Os investigadores destacaram o "incomum desapego à formalidade" na gestão do Orçamento da União. Em uma das provas mais emblemáticas, foi encontrada uma anotação à mão responsável pela realocação de recursos de um município para outro. No relatório, a PF foi contundente: "Lamentavelmente, não há como não comparar a maneira de controlar e organizar o orçamento secreto coordenado por TUCA a uma ’conta de padaria’". A defesa de Motta contrasta com a gravidade das acusações e com o histórico de Lira, que usou seu mandato para indicar a servidora para diversos cargos estratégicos que permitiam a manipulação de emendas desde 2020.
Com informações da Agência Brasil
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