Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) protocolarão nesta segunda-feira (15/12) um novo pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-presidente seja submetido a uma cirurgia para retirada de duas hérnias inguinais. A presença das hérnias foi confirmada por um exame de ultrassom realizado no domingo (14/12) na cela onde Bolsonaro cumpre pena, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília.
O procedimento foi realizado após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, ter rejeitado o pedido anterior da defesa, que solicitava a cirurgia com base em exames antigos. Na ocasião, os médicos de Bolsonaro também pleitearam a prisão domiciliar "humanitária" para o ex-presidente. Em resposta, Moraes havia determinado que a PF realizasse uma perícia para atestar a necessidade dos procedimentos.
Havíamos requerido ao Ministro Alexandre de Moraes autorização para que o Presidente Bolsonaro realizasse procedimentos cirúrgicos para retirada de duas hérnias inguinais. A despeito do pedido da equipe médica de alto nível, que o acompanha há anos, houve, em resposta, a…
O advogado João Henrique Nascimento de Freitas, assessor de Bolsonaro, utilizou as redes sociais para confirmar o resultado do ultrassom e a recomendação médica para o procedimento cirúrgico, considerado "a única forma de tratamento definitivo para o quadro". O advogado Paulo Amador Cunha Bueno aproveitou para criticar a determinação de Moraes de envolver a PF no parecer médico, afirmando que, com a confirmação das hérnias pelo ultrassom, "resta assente que os profissionais que lideram o tratamento [...] jamais emitiram recomendações que não fossem verídicas". Os advogados esperam que, diante do novo relatório, o pedido de autorização para hospitalização e cirurgia seja finalmente deferido, "independentemente de ’perícia policial’".
A equipe médica acaba de deixar a Superintendência da Polícia Federal após realizar exames de ultrassonografia no Pr. @jairbolsonaro. Os exames identificaram duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico, a única forma de…
Em meio à nova crise e à disputa interna na extrema direita, Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro que renunciou ao cargo para tentar uma vaga ao Senado por Santa Catarina, tentou utilizar a situação para alimentar a narrativa de perseguição. Ele foi às redes sociais no domingo (14/12) reclamar da "maldade" de Alexandre de Moraes, mesmo após o ministro ter autorizado a realização do ultrassom na própria cela do ex-presidente, conforme a defesa havia sugerido.
Carlos Bolsonaro ainda cometeu o descalabro de comparar o pai, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado, a Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). O vereador, em tom vitimista, criticou o fato de Marcola ter sido levado a um hospital para exames de rotina, enquanto Bolsonaro faria o ultrassom na prisão, ignorando que a própria defesa havia afirmado que o exame "não exige sedação ou estrutura hospitalar, podendo ser plenamente realizado in loco".
Com informações da Fórum
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