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Ministro da Fazenda admite hipótese de elevar impostos sobre bens de consumo a fim de cumprir meta do superávit fiscal; "O compromisso com o cumprimento de um superávit primário de 1,9% do PIB é irreversível. Vamos cumprir essa meta, e serão feitos os ajustes necessários", disse; segundo Guido Mantega, reajuste de 10% do Bolsa Família não afetará contas públicas; "O aumento do Bolsa Família será absorvido sem nenhum comprometimento da meta fiscal"
O governo trabalha com a previsão de aumento de tributos para cumprir a meta do superávit fiscal, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista concedida ao jornal O Globo neste domingo. "O compromisso com o cumprimento de um superávit primário de 1,9% do PIB é irreversível. Vamos cumprir essa meta, e serão feitos os ajustes necessários", afirmou.
"Temos uma previsão de aumento de alguns tributos. Foi o que aconteceu, por exemplo, na tabela de bebidas (...). Haverá alteração no PIS/Cofins sobre importação (...). O que também poderíamos fazer é (alterar a) tributação sobre bens de consumo. O IPI dos carros, que foi reduzido no passado, por exemplo, está sendo recomposto. Não há uma decisão ainda, mas ele poderá subir agora em junho. É esse tipo de medida", explicou o ministro.
Segundo Mantega, porém, o governo trabalha mais com a contenção de gastos e conta ainda com a recuperação da arrecadação devido à melhoria do crescimento econômico. De acordo com o ministro, "nada impede que nós possamos fazer mais redução de despesas. Já fizemos um corte de R$ 44 bilhões no Orçamento e nada impede que, se for necessário, façamos algum corte adicional para que o fiscal seja cumprido na íntegra".
O titular da Fazenda garante que o reajuste de 10% no programa Bolsa Família, anunciado pela presidente Dilma Rousseff em pronunciamento pelo Dia do Trabalhador, na noite de quarta-feira, não comprometerá as contas públicas. "Não é uma despesa expressiva, e estaremos compensando isso com aumentos de arrecadação ou redução de gastos, se for necessário (...). O aumento do Bolsa Família será absorvido sem nenhum comprometimento da meta fiscal", disse.
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