Mantega: Compra de Pasadena era promissora

Portal Plantão Brasil
14/5/2014 14:17

Mantega: Compra de Pasadena era promissora

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Ministro da Fazenda presta esclarecimentos nesta manhã sobre a compra da refinaria dos EUA pela Petrobras na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara; Guido Mantega afirmou que a estatal queria uma entrada no mercado norte-americano para pular as barreiras econômicas que os EUA costumam colocar para os estrangeiros e que o momento, em 2006, era promissor



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não fazia parte do Conselho de Administração da Petrobras quando foi decidida a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006, mas que o momento era promissor. Segundo ele, a Petrobras queria uma entrada no mercado norte-americano para pular as barreiras econômicas que os EUA costumam colocar para os estrangeiros.



Respondendo ao líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), Mantega afirmou ainda que a operação foi aprovada por um conselho "qualificado", do qual faziam parte o então presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter e o economista Claudio Haddad. Além disso, segundo ele, havia um parecer favorável do Citibank.



O ministro participa nesta quarta-feira de audiência com os deputados das comissões de Fiscalização Financeira e Controle, e de Finanças e Tributação, no plenário 2.



Assista à sessão na TV Câmara.



O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que propôs a vinda do ministro, lembra que a direção executiva da Petrobras omitiu de seu Conselho de Administração, à época presidido por Dilma Rousseff, duas cláusulas do contrato com a empresa belga Astra Oil. Essas cláusulas garantiam rentabilidade de 6,9% ao ano aos belgas, independentemente do resultado da refinaria (cláusula Marlim) e a obrigação de a Petrobras comprar os outros 50% da refinaria em caso de desentendimento entre os Sócios (cláusula Put Option).



Ainda segundo reportagem da revista Veja, citada pelo parlamentar, Luís Inácio Lucena Adams, então procurador-geral da Fazenda Nacional e atual advogado-geral da União, avisou à secretária-geral da Casa Civil, Erenice Guerra, a inclusão na ata de reunião do Conselho de Administração da Petrobras de duas ressalvas sobre a compra de Pasadena. "A primeira advertia que a cláusula Marlim não havia sido objeto de aprovação pelo Conselho de Administração e, a segunda, informava que a diretoria executiva da empresa havia aberto um procedimento para investigar a falha", explica Mendonça Filho.



Para o parlamentar, esses fatos reforçam a informação de que o Conselho de Administração da Petrobras aprovou uma operação milionária sem ter conhecimento de todos os dados necessários à aquisição. "Não obstante, o posterior conhecimento de tal fato não impediu que a referida operação fosse levada adiante, culminando com um prejuízo de R$ 1,18 bilhão imposto à estatal brasileira."



Para Mendonça Filho, a vinda de Guido Mantega é imprescindível para esclarecer "todos os fatos subjacentes a essa nebulosa operação que, em última instância, causou grande prejuízo à Petrobras e a seus acionistas, colocando aquela que já foi considerada a 12ª maior empresa do mundo na atual desconfortável 120ª posição."



Cancelado debate com Gabrielli amanhã sobre a compra de Pasadena



O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli informou nesta manhã à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle que não comparecerá à audiência marcada para amanhã. Gabrielli, que era esperado para explicar a compra da refinaria de Pasadena, disse que vai esperar a instalação da comissão parlamentar de inquérito da Petrobras, que, certamente, vai querer ouvi-lo.



No início de abril, ele afirmou que a compra foi, na época (2006), "um bom negócio". No fim no mês, em audiência na Câmara, a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que a compra da refinaria foi um negócio de "baixo retorno" analisando o cenário do mercado de petróleo e gás atual, mas "potencialmente bom" na época da aquisição dos 50% iniciais da belga Astra Oil.



A audiência seria realizada em conjunto com a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.



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