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CPI mista que investigará a Petrobras, articulada pelo senador Aécio Neves, será instalada hoje; dos 32 integrantes, 13 são da oposição ou aliados insatisfeitos, que pretendem contribuir com o desgaste do governo e da imagem da presidente Dilma Rousseff; oposição quer ouvir mais de 100 pessoas ligadas à estatal; do outro lado, governistas aceleram processo para instalar a CPMI da Alstom e planejam convocar 13 executivos envolvidos no esquema de cartel do metrô que atinge o PSDB; ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini pede rapidez nas indicações; primeira sessão deve acontecer na próxima semana
Governo e oposição estão em campo, posicionados para iniciar a guerra das CPIs no Congresso. No início da tarde desta quarta-feira, será instalada a CPI Mista que pretende investigar contratos da Petrobras. Uma comissão parlamentar de inquérito sobre a estatal já está em curso no Senado, mas tem sido boicotada pela oposição, que acusa o colegiado de ser chapa branca, comandado pelo governo e, portanto, sem independência para investigar.
O senador João Alberto de Souza (PMDB-MA), parlamentar mais idoso da comissão, irá presidir a primeira reunião para eleger o presidente e o vice-presidente e para que o relator seja escolhido. Todos os deputados e senadores que integrarão o colegiado já foram indicados pelas respectivas lideranças partidárias. Faltavam cinco senadores do bloco da Maioria no Senado (PMDB-PP-PSD-PV) e outros cinco do bloco de apoio ao governo (PT-PDT-PCdoB-Psol-PRB), que foram indicados ontem
A intenção com o novo grupo é desgastar a imagem do governo federal e da presidente Dilma Rousseff. Dos 32 deputados e senadores que compõem a CPMI, 13 são membros da oposição ou parlamentares insatisfeitos da base, que não poupariam pressionar o governo para ter o que querem: negociação nos palanques estaduais, por exemplo. O plano é apresentar mais de cem requerimentos de convocação de diretores e pessoas ligadas à estatal.
Do outro lado, governistas se preparam para neutralizar o desgaste com a iminente CPMI da Alstom, que investigará o esquema de cartel de trens e do metrô durante governos do PSDB. Em reunião com os líderes do PT e aliados no Palácio do Planalto na segunda e terça-feira, o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, instruiu para que as indicações dos nomes fossem feitas o mais rapidamente possível. A primeira sessão da comissão mista deve acontecer na próxima semana.
Serão apresentados requerimentos de convocação de 13 executivos acusados de participar do esquema de propina paga por multinacionais do setor de transportes em troca de favorecimento em licitações de governos tucanos em São Paulo e no Distrito Federal. O grupo já teve prisão pedida pelo Ministério Público de São Paulo. "A orientação não é para botar fogo, mas basta a gente pedir o que já foi apurado do cartel do metrô de São Paulo e convocar os 13 que já estão com pedido de prisão", afirmou o senador Gim Argelo (PTB-DF), provável vice-presidente da CPI.
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