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Em um discurso voltado para os empresários, a ex-senadora Marina Silva (AC), candidata do PSB à Presidência da República, defendeu hoje as privatizações do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), cobrou uma redução dos juros e dos gastos públicos e destacou que estuda a possibilidade de fazer uma constituinte exclusiva para promover reformas estruturantes, como a tributária.
"As privatizações foram acertadas e já estão estabelecidas como um conceito, que não foi revisto pelo presidente Lula", disse Marina. A senadora, no entanto, ressalvou que, apesar dos benefícios, houve falta de transparência no processo de privatização. Marina revelou que o plano de governo do PV ainda está em fase de elaboração e, por isso, não há uma solução em relação a uma possível privatização dos aeroportos. "Não temos um marco regulatório para fazer a parceria público-privada. A mesma discussão se aplica ao caso dos portos", afirmou. Para uma plateia de 350 empresários, a pré-candidata também reiterou o compromisso com a política econômica, sobretudo no controle da inflação por meio de metas. Segundo ela, o controle dos preços não pode ser feito somente com o aumento dos juros porque pode inibir os investimentos da iniciativa privada. "É preciso controlar a inflação por outro mecanismo, como, por exemplo, a redução dos gastos públicos", avaliou a senadora. Sobre a diminuição da carga tributária, Marina ressaltou que estuda a possibilidade de criar uma constituinte exclusiva de seis meses a um ano para promover reformas estruturantes no país.
Marina rechaçou a ideia de que fez um discurso com o objetivo de atrair os votos dos empresários ao defender as reivindicações do setor. Ela observou que apenas se posicionou a favor de um Estado mobilizador, capaz de suprir as necessidades do país naquilo que a iniciativa privada não tiver condições de prover.
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