Pimenta da Veiga admite que governo de Minas está inchado e burocracia é excessiva

Portal Plantão Brasil
25/8/2014 20:31

Pimenta da Veiga admite que governo de Minas está inchado e burocracia é excessiva

Candidato tucano de Minas reconhece falhas na gestão tucana.

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Belo Horizonte (24 de agosto) – O candidato a governador pelo PSDB, Pimenta da Veiga, admitiu na sexta-feira (21) em Belo Horizonte que a máquina pública do governo do estado, comandada por seu partido há 12 anos, está inchada e excessivamente burocrática.



Pimenta disse a jornalistas, durante caminhada pelo centro da capital mineira, que pretende reduzir o tamanho da estrutura do Estado.



Ao ser perguntado sobre a possibilidade de cortar secretarias, o tucano disse que vai fazer "um profundo exame da estrutura" para reduzir a burocracia em Minas. O “choque de gestão” em Minas tem sido a principal bandeira eleitoral dos candidatos tucanos.



Deputados do bloco oposicionista Minas Sem Censura, da Assembleia Legisativa, comentaram o assunto. “Se ele considera o governo inchado deveria fazer um mea culpa e assumir que quem inchou o governo foi seu partido”, disse o deputado Sávio Souza Cruz (PMDB).



“A declaração de Pimenta revela bem a falência do malfadado choque de gestão em Minas”, afirmou o deputado Pompílio Canavez (PT).



Para abrigar a imensa base que o elegeu, o ex-governador Antonio Anastasia criou cinco secretarias em janeiro de 2011. Na época, Anastasia disse que não haveria custos porque aproveitaria estrutura já existente.



Mas, segundo matéria publicada no jornal O Globo na mesma época, o impacto chegou a R$ 3,2 bilhões no orçamento do ano seguinte em novos gastos de custeio.



Anastasia assumiu o estado com 18 secretarias e ampliou para 22. Já as subsecretarias eram 31 e foram para 44.



Ele criou em 2011 as secretarias do Trabalho e Emprego, Casa Civil e Relações Institucionais, Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, que já existia (era extraordinária e tornou-se permanente).



Também criou outras três de caráter temporário: Copa do Mundo, Gestão Metropolitana e Regularização Fundiária. Também foi criado o Escritório de Prioridades Estratégicas.



Anastasia alegou, na época, que as secretarias foram criadas porque “algumas políticas públicas precisam ter secretarias específicas” e que “as novas pastas refletiam as prioridades e os projetos apresentados durante a campanha”.



Mas jornais da época confirmaram que o inchaço da máquina deveu-se de fato à necessidade de abrigar aliados políticos.



“A ampliação da estrutura permitiu ao governador mineiro abrigar no primeiro escalão representantes de nove dos 12 partidos que compõem a base aliada do tucano em Minas. Treze secretários foram escolhidos a partir de critérios políticos e nove são considerados técnicos (alguns deles com filiação partidária).”, disse O Globo.



“Nos bastidores, o tucano teve que criar secretarias e subsecretarias devido à demanda partidária. Teriam sido instituídos cargos para abrigar aliados insatisfeitos. Anastasia disse que a reforma estrutural foi necessária para fazer cumprir o programa de governo apregoado durante a campanha”, cravou o jornal Hoje em Dia.



“Agora”, prosseguiu o Hoje em Dia, “uma nova batalha se avizinha. Com a abertura dos postos de segundo escalão, as subsecretarias, é deflagrada a corrida pelo preenchimento das vagas. Partidos políticos e lideranças já começam as articulações. Um total de 19 partidos políticos apoiam o governo tucano. Todos eles querem ser agraciados com postos no segundo e terceiro escalões e já começam a procurar representantes do Governo”, ressaltou o jornal.



A criação de cargos comissionados também foi destaque em jornais.



“O governo de Minas Gerais irá criar mais 1.314 cargos comissionados até 2014. A decisão consta do decreto de lei delegada 182 assinada pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) e publicado no último sábado no Minas Gerais, diário oficial do Estado. Os novos cargos representam um aumento de 28,85% no número de postos comissionados de chefia, direção e assessoramento já existentes. Do total de cargos comissionados (17,5 mil), o porcentual representa um acréscimo de 7,4%”, noticiou O Estado de São Paulo.



No começo do ano, com a aproximação do período eleitoral, Anastasia reduziu algumas das secretarias que havia criado. Mesmo assim, seu candidato ao governo de Minas admitiu que, se eleito, terá de "rever a estrutura" da máquina pública.



“O candidato do PSDB já percebe que a máquina do estado passar por uma revisão. O modelo de gestão do PSDB é baseado em propaganda e divulgação de projetos para inglês ver”, disse o deputado Paulo Lamac (PT).





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