'Circunstâncias vão desconstruir Marina', diz Michel Temer

Portal Plantão Brasil
5/9/2014 09:34

'Circunstâncias vão desconstruir Marina', diz Michel Temer

Vice-presidente da República sinaliza abrandamento das críticas à candidata do PSB, atenua divergências regionais entre líderes do PMDB e diminui importância de resistência de Skaf em apoiar petista

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484 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual

O vice-presidente da República e candidato à reeleição na chapa de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer, disse hoje (4), em São Paulo, que as “circunstâncias” vão desconstruir a candidatura de Marina Silva (PSB), e que, antes de atacar a adversária, é preciso mostrar as virtudes da chapa governista. “Não vejo necessidade (de atacar Marina). Acho que a desconstrução eventual dela pode ser feita por outras pessoas, pelas circunstâncias. Na política é assim. As circunstâncias vão mostrando o que é melhor para o país”, afirmou o principal cacique do PMDB de São Paulo.



“O que é preciso, e não precisa fazer nenhum esforço para isso, é revelar as qualidades da presidente Dilma, especialmente porque ela tem uma virtude extraordinária: ela trabalha com as instituições, instituições que nós levamos muito tempo para construir. Não podemos jamais desmerecer as instituições, desde os partidos políticos, Legislativo e Executivo”, continuou.



As declarações de Temer e o programa de TV de hoje da campanha presidencial da situação, mais leves em relação aos dois dias anteriores, podem mostrar que os ataques a Marina não surtiram o efeito desejado ou não serão usados sistematicamente.



Na terça-feira, a campanha de Dilma na TV e seus aliados, em entrevistas, começaram a usar uma tática mais agressiva na tentativa de “desconstruir” a candidatura de Marina Silva. Na TV, foi feita a comparação entre a pessebista e os ex-presidentes Fernando Collor e Jânio Quadros, que não tinham boas relações com "as instituições" e não chegaram ao fim de seus mandatos. "Eu não dou dois anos de governo para Marina. Ela será deposta, pode escrever o que estou dizendo”, disse na noite de segunda-feira o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), aliado da presidenta. Na semana passada, o próprio Temer havia dito em Porto Alegre que “é preciso ter muito cuidado com essas pregações referentes a governar com pessoas e não com instituições”.



Questionado sobre a fidelidade do PMDB à chapa formada por ele e Dilma, Temer afirmou hoje à imprensa, antes de palestra na Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), ver “sem nenhuma preocupação” casos como o do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que há três semanas declarou que seu voto é de Aécio Neves. “Muitas vezes, nas localidades, fica difícil o PMDB fazer acordo com o PT. Então a divergência muitas vezes é com o partido na localidade. Tenho viajado pelo país e verifico o seguinte: o PMDB enquanto instituição, partido, ele se reúne em torno da Dilma e da minha candidatura, que representa o PMDB”, explicou. Apesar de, segundo ele, em algumas localidades, não haver acordo entre as legendas, “o PMDB enquanto partido nos apoia (a chapa Dilma-Temer)”.



Na entrevista coletiva de quatro minutos e meio, Temer garantiu que o candidato peemedebista ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, vota em Dilma. “Falam tanto que ele é contra a candidatura, mas quando ele diz ‘eu voto em Michel Temer’ é porque ele vota na Dilma”, afirmou.



Quando questionado publicamente a respeito de por que não divide palanque com Dilma em São Paulo, o candidato do PMDB em São Paulo ver o PT como adversário, tanto quanto o PSDB de Geraldo Alckmin. Perguntado sobre para quem vai seu voto, diz que votará em Temer, e não na petista. Durante debate Skaf chegou a afirmar que São Paulo "não quer o PT".



Pesquisas

O vice-presidente da República disse ver “muito positivamente” as últimas pesquisas de intenção de voto para a presidência. Ontem, Datafolha e Ibope mostraram uma recuperação nos percentuais perdidos nas últimas semanas e deram sinais de que o crescimento vertiginoso de Marina foi interrompido. “Havia notícias alarmantes de que logo a candidata Marina teria um índice muito mais elevado, e mais elevado do que a Dilma, mas isso não se verificou. O que acho é que a pesquisa é muito favorável à presidente Dilma, à nossa chapa, porque afinal, quando você examina os outros aspectos, a rejeição caiu, o ótimo e bom para o governo cresceu, então acho que a pesquisa no geral é muito útil, mas ainda é uma pesquisa. Temos uma eleição ainda daqui a um mês.”



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