28/11/2014 13:11

MERCADO APROVA TRINCA DA ECONOMIA: BOLSA EM ALTA

3474 visitas - Fonte: Brasil 247

Bovespa sobe digerindo noticiário agitado: crescimento de 0,1% do PIB no terceiro trimestre, tirando o País da recessão técnica, oficialização pelo Planalto da equipe econômica, quando foram confirmados os nomes de Joaquim Levy e Nelson Barbosa para os ministérios da Fazenda e do Planejamento e de Alexandre Tombini, mantido no Banco Central; mercado não se convenceu ontem com discurso de Levy e índice fechou em queda; hoje, ações da Petrobras caem com desvalorização do petróleo; às 12h30, Ibovespa subia 1%



O Ibovespa registra alta no pregão desta sexta-feira 28 digerindo um noticiário agitado: o crescimento de 0,1% do PIB no terceiro trimestre, tirando o País da recessão técnica, o anúncio oficial ontem pelo Planalto da nova equipe econômica do governo e a desvalorização do petróleo, que fez despencar as ações da Petrobras. Às 12h30, a alta era de 1%.



Sobre o PIB, o ministério da Fazenda considera que o resultado "mostra que a economia entrou em processo de retomada do crescimento econômico, embora em ritmo ainda mais modesto". A equipe econômica destaca, em nota, o crescimento de 1,7% da indústria e de 1,3% dos investimentos.



Na tarde de ontem, a Bolsa registrava leve alta antes do anúncio oficial dos novos ministros, mas passou a oscilar entre perdas e ganhos depois do evento. O discurso de Joaquim Levy, novo titular da Fazenda, não convenceu o mercado e a Bovespa fechou em queda.



Há ainda no noticiário de hoje a influência do preço do petróleo, em queda com a manutenção do nível de produção da Opep, anunciada nesta quinta-feira. Com isso, as ações da Petrobras despencaram. Houve recuperação no início da tarde, com registro de leve alta às 12h20.



Leia abaixo reportagem do portal Infomoney sobre o pregão:



Bolsa sobe digerindo noticiário agitado



O Ibovespa, após oscilar entre leves perdas e ganhos, o índice conseguiu ganhar forças e registra leve alta nesta sexta-feira (28). Vale ressaltar que, ontem, o índice caiu 0,68% quando o mercado se decepcionou com as declarações da nova equipe econômica, consideradas evasivas e também afetada pelos preços de petróleo. Ao mesmo tempo, a queda dos preços do petróleo com a manutenção do nível de produção pela OPEP fez despencar as ações da Petrobras. Às 11h54 (horário de Brasília), índice subia 0,90%, a 55.214 pontos, enquanto isso, o dólar subia 1,14%, a R$ 2,5584.



Depois da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, o contrato futuro do Ibovespa teve uma queda acentuada, mas o índice à vista não seguiu a mesma tendência. Na comparação com os três meses anteriores, a economia brasileira subiu 0,1%, mas na comparação com o mesmo período do ano anterior houve queda de 0,2%. O resultado veio abaixo das previsões dos analistas.



Na coletiva de anunciação da nova equipe econômica do governo o discurso foi de austeridade, mas pouco foi adiantado além da meta das contas fiscais para 2015 e 2016. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o superávit primário do ano que vem deve ser de 1,2%, uma meta considerada factível pelo mercado.



Os outros nomeados pela presidente Dilma Rousseff (PT) foram Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini, que se mantém à frente do Banco Central. O trio escapou de perguntas sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano, mudanças no Conselho de Administração da Petrobras e um novo nome para Secretário do Tesouro.



Vale lembrar que hoje é o último dia antes da divulgação da primeira prévia da nova carteira do Ibovespa. Ações como as da Cosan Logística (RLOG3; R$ 3,50, +2,64%) e Eletropaulo (ELPL4; R$ 9,18, +0,99%) devem sair do índice, enquanto Raia Drogasil e Multiplus devem ser adicionadas, segundo o Santander. Qualquer mudança na carteira do Ibovespa tem grande impacto porque os fundos que acompanham o índice exercerão pressão vendedora ou compradora aos papéis que saírem ou entrarem nele.



Destaques



As ações da Petrobras (PETR3; R$ 12,62, -1,02%; PETR4; R$ 13,32, -0,89%) têm um dia instável e oscila entre perdas e ganhos, apesar da queda nos ADRs. A forte queda se dá por conta da decisão tomada pela OPEP ontem de manter os níveis de produção do petróleo apesar do nível baixo dos preços. O valor do barril do Brent para janeiro caiu 6% ontem.



Entre os bancos, o conselho de administração do Itaú (ITUB4; R$ 39,15, +1,06%) autorizou a recompra de ações de até 10 milhões de ações ordinárias (3,82% do float) e 50 milhões preferenciais (1,9% do float), sem redução do valor do capital social, para manutenção em tesouraria, cancelamento ou recolocação no mercado. As aquisições serão efetuadas nas Bolsas de Valores no período de 16 de dezembro de 2014 a 15 de dezembro de 2015, a valor de mercado.



Já a Sabesp (SBSP3; R$ 19,79, +1,96%) tem alta com o reajuste aprovado pela Arsesp de 6,4952% nas contas de água. No primeiro semestre, com a queda acentuada do nível do Sistema Cantareira, a autarquia optou por não aumentar a conta de água e apostar no bônus de 30% para diminuir o consumo. O reajuste aprovado pela Arsesp ficou maior do que o definido no início do ano, que era de 5,44%, com aplicação autorizada a partir do dia 11 de maio.



Cenário externo



Os preços do petróleo dominam os holofotes no fechamento da Ásia e no pregão da Europa nesta sexta-feira (28), com as bolsas recuando na esteira da decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de não cortar a produção apesar do excesso na oferta.



Com os mercados norte-americanos fechados na quinta-feira pelo Dia de Ação de Graças, investidores focaram na reunião da Opep em Viena, na qual a Arábia Saudita bloqueou os pedidos de membros mais pobres do cartel de cortar a produção para conter uma queda nos preços globais.



As ações australianas caíram 1,63 por cento à medida que companhias de energia foram impactadas, com o subíndice de energia despencando 7,64 por cento. As ações chinesas tiveram rali, no entanto, com o índice de Xangai indo em direção ao seu maior ganho mensal em quase dois anos após o surpreendente corte nos juros na semana passada, num mês que também teve o lançamento do esquema de conexão entre as bolsas de Xangai e Hong Kong. O índice japonês Nikkei também contrariou a tendência regional e subiu 1,23 por cento, marcando altas de 0,6 por cento para a semana e de 6,4 por cento no mês.



Na Europa, destaque ainda para os dados de inflação e para os dados de desemprego. Na Itália, a taxa de desemprego atingiu 13,2% em outubro.



A inflação anual na zona do euro recuou a 0,3 por cento em novembro, informou o escritório de estatísticas da União Europeia nesta sexta-feira, puxada pelos preços de energia e sugerindo que o risco de deflação continua real, ameaçando o Banco Central Europeu (BCE).





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