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Para ser inaugurada em 2010, a refinaria previa custos adicionais de US$ 885 milhões com equipamentos e serviços
Jornal GGN - A ex-gerente-executiva de Abastecimento da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, assinou os documentos para antecipar as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Para ser inaugurada em 2010, a refinaria previa custos adicionais de US$ 328 milhões com equipamentos, US$ 182 milhões com serviços de engenharia e US$ 375 milhões com sistemas de segurança.
Documentos mostram que Venina assinou pedido para antecipar Abreu e Lima
Do blog do Camarotti
Documentos confidenciais da Petrobras mostram que o pedido para antecipar as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foi assinada por Venina Velosa da Fonseca. Para inaugurar a fábrica ainda em 2010 a então gerente assinou dezenas de aditivos milionários.
O Jornal das Dez teve acesso ao plano confidencial da Petrobras para antecipar a conclusão da refinaria do Nordeste, mais conhecida como Abreu e Lima, em Pernambuco .
O documento interno da estatal, elaborado pela então gerente-executiva de Abastecimento, Venina Velosa da Fonseca, foi recebido pelo então diretor da área, Paulo Roberto Costa, em março de 2007. A proposta era antecipar a conclusão das obras para que a refinaria fosse inaugurada em 2010, durante o período eleitoral.
Para acelerar a construção, o projeto previa custos extras de US$ 328 milhões com equipamentos; US$ 182 milhões com serviços de engenharia; e US$ 375 milhões com sistemas de segurança.
Venina Velosa foi gerente-executiva de abastecimento entre 2005 e outubro de 2009 e integrou o Conselho de Administração da Refinaria Abreu e Lima ao lado de Paulo Roberto Costa e José Carlos Cosenza, atual diretor da área.
O Jornal das Dez também teve acesso a dezenas de aditivos assinados pelos três até meados de 2009, quando Venina deixou o conselho. Em apenas um aditivo, o custo para a Petrobras foi superior a R$ 900 milhões.
Em 2005, a Refinaria de Abreu e Lima foi orçada em US$ 2,3 bilhões. No fim de 2006, já na fase de elaboração do projeto, o valor subiu para US$ 4 bilhões. Com as inúmeras mudanças e aditivos ao projeto, em 2009 o orçamento da obra pulou para mais de US$ 13 bilhões. Atualmente, o custo é de US$ 20,1 bilhões.
A comissão interna de apuração da Petrobras que investigou irregularidades nas obras da refinaria confirma que Venina assinou em 2007, atendendo a pedido de Costa, o documento de antecipação de obras da refinaria, que teria causado problemas e a necessidade de vários aditivos contratuais com as fornecedoras, a maioria aumentando preços.
O relator da comissão foi Gerson Luiz Gonçalves, chefe da auditoria interna da estatal e gerente-executivo mais antigo na empresa. Depois de finalizado o relatório, Venina foi demitida. Gonçalves também foi chamado a depor, como testemunha de acusação, pelo Ministério Público Federal.
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