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O ex-gerente de Enegenharia da Petrobras Pedro Barusco afirmou, nesta terça-feira (10), que a ex-presidente da petroleira Graça Foster nunca participou dos acordos firmados para desviar dinheiro dos contratos da empresa. Barusco está prestando depoimento há quase cinco horas na CPI da Petrobras e declarou que nunca soube que Graça tivesse conhecimento das propinas que eram pagas com dinheiro da estatal.
— A diretora Graça não participava desse tipo de atividade, que eu saiba ela nunca participou. Se ela sabia, ela guardou para si, porque ela nunca externou.
Graça Foster foi a primeira mulher a presidir a Petrobras e estava no comando da estatal desde 2013. Ela enfrentou a pior crise da estatal e renunciou no início de fevereiro deste ano, quase um ano depois das primeiras prisões da Operação Lava Jato.
A ex-presidente prestou diversos depoimentos no Congresso, na CPI mista e na CPI da Câmara que investigaram a Petrobras no ano passado, e sempre negou que tivesse conhecimento dos esquemas de propina.
Contas no exterior
Além de afirmar que recebeu cerca de R$ 219 milhões (US$ 70 milhões) em propina, Pedro Barusco esclareceu que os acordos eram pagos, na grande maioria das vezes, por meio de contas bancárias no exterior. Segundo o ex-gerente da Petrobras, poucas vezes ele recebeu a propina em espécie.
Sobre a forma como os outros beneficiários recebiam o dinheiro desviado, Barusco não soube informar. No caso do tesoureiro do PT João Vaccari Neto, por exemplo, ele não soube especificar como se dava o pagamento.
O ex-gerente também não soube explicar para quem era direcionado o dinheiro pago a Vaccari, declarou apenas acreditar que ele era o responsável por gerenciar os valores para o partido.
— Como o Vaccari recebia, se recebia com doação oficial ou em espécie, eu não sei. Não tenho essas informações, ele não comentava isso. O destino que o senhor Vaccari dava ao dinheiro ele também não comentava comigo.
Também durante depoimento na CPI da Petrobras, o ex-gerente da Petrobras afirmou que o codinome “Mocha” era usado para identificar Vaccari Neto. Segundo Barusco, esse era o diminutivo de “mochila”, porque o tesoureiro do PT sempre andava com uma nas costas.
Para não ser preso, Barusco aceitou colaborar com as investigações da Polícia Federal. Ele é o primeiro investigado a prestar depoimento na nova CPI da Petrobras, instalada na Câmara dos Deputados no início deste ano. ?
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