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A proposta de implantação da Tarifa Zero no transporte público se consolidou como uma das grandes prioridades do governo Lula para 2026, ao lado do fim da jornada 6x1. A medida conta com apoio massivo de 81% da população, segundo levantamento citado pelo jornalista Leonardo Sakamoto. Um estudo detalhado aponta que a política pode ser viabilizada sem a criação de novos impostos e sem disputar recursos do orçamento federal, por meio de uma ampla reformulação do atual modelo do Vale-Transporte.
A solução financeira apresentada consiste na criação de um Novo Vale-Transporte, baseado em uma contribuição fixa por empregado, custeada integralmente pelo empregador. O modelo prevê a isenção dos primeiros nove funcionários por estabelecimento, o que confere um caráter progressivo à medida e beneficia especialmente as pequenas e médias empresas. Estima-se que 83% dos estabelecimentos comerciais ficariam totalmente isentos dessa contribuição. Esse desenho, além de desonerar a maioria dos negócios, ampliaria significativamente a base de arrecadação, já que a cobrança não ficaria mais restrita apenas aos trabalhadores que utilizam o transporte coletivo.
As projeções do estudo são robustas: com uma contribuição estimada em R$ 255 por empregado, seria possível arrecadar cerca de R$ 80 bilhões anuais apenas nas cidades com mais de 50 mil habitantes. Esse montante cobriria com folga o custo total estimado para implementar a Tarifa Zero de forma universal nessas localidades, calculado em aproximadamente R$ 78 bilhões por ano. A medida traria um alívio direto e imediato no bolso dos trabalhadores, que deixariam de ter até 6% do salário descontado para custear o vale-transporte atual. O modelo proposto promete não apenas universalizar o acesso ao transporte público gratuito para cerca de 125 milhões de pessoas, mas também simplificar a operação para as empresas e injetar maior eficiência no sistema como um todo.
Com informações do UOL
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