834 visitas - Fonte: Jornal I9
Os campo-grandenses estão estarrecidos, diante do escândalo de exploração sexual de adolescentes, envolvendo o vereador Alceu Bueno (PSL), e os demais políticos. Conforme o inquérito policial, Bueno, e o presidente do PSB - Sérgio Assis são suspeitos de fazerem parte de um esquema de favorecimento a prostituição infantil. A rede foi criada com intuito de satisfazer as lascívias de políticos e empresários da Capital.
Bueno, que se elegeu graças ao apoio da Igreja Mundial do Poder de Deus, tem como discurso; a moralidade, defesa da família e valores cristãos. Segundo depoimento prestado a Delegacia Especializada de Proteção de Crianças e Adolescentes, Alceu admite ter pago R$ 100 mil a uma suposta cafetina de Campo Grande que teria vídeos dele com adolescentes praticando sexo, pedofilia e prostituição.
Com o escândalo tomando proporções devastadoras, ninguém sabe ao certo o grau de envolvimento de Alceu no caso, pois segundo denúncias recebidas pela própria DEPCA, já em 2012 o vereador teria se envolvido com adolescentes do interior do Estado.
Alceu agora é refém de sua própria "taras sexuais" e pode ver sua carreira política implodida por este escândalo, que virou, caso de polícia e pode ter consequências desastrosas para a carreira política do vereador.
A situação de Bueno é tão delicada que nem mesmo seus colegas da Câmara de Vereadores arriscam falar qualquer palavra sobre o assunto.
O delegado, titular da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente) Paulo Sergio Laurretto, que conduz a investigação, fará uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (23), a partir das 15:30. Os detalhes, nomes e grau envolvimento de cada um nessa rede de prostituição infantil serão revelados.
Os comentários nas ruas e nas redes sociais são de total indignação contra o vereador. Postagens dizendo: "Tua casa caiu crentão", "Toma Vergonha Pedófilo", refletem a indignação da população diante de um vereador que sempre teve um discurso inflamado contra a pedofilia, contra o abuso sexual, contra prostituição, que, pastor, sempre se disse defensor da moral e dos bons costumes, agora está no centro de um escândalo que denota uma das piores características do ser humano, a crueldade de se aproveitar de adolescentes, crianças incapazes de se defender.
Segundo o MPE
Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. § 2o Incorre nas mesmas penas:
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. Clique aqui.
Diz o texto que “Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.” Na prática, o Ministério Público passa a ter a legitimidade de ação, ainda que a vítima, nessa situação, ou seu representante, não desejar processar o autor do crime.
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