Aécio e irmã seriam presos hoje, mas STF negou: estão com medo da delação dele?

Portal Plantão Brasil
11/12/2018 12:37

Aécio e irmã seriam presos hoje, mas STF negou: estão com medo da delação dele?

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8797 visitas - Fonte: Brasil247

"A Polícia Federal pediu a prisão domiciliar de Aécio e Andrea Neves e dos deputados Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson, Benito Gama (PTB-BA) e Paulinho da Força (SD-SP), mas o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou os pedidos, assim como a Procuradoria Geral da República (PGR)", informa o jornal O Tempo. "A PGR concordou com o pedido de prisão dos empresários Flávio Jaques Carneio, dono da rádio 98 FM, e Ricardo Guedes e do marqueteiro Paulo Vasconcelos, mas o ministro Marco Aurélio Mello também negou. A PF ainda pediu que Aécio, Cristiane, Benito e Paulinho da Força tivessem os mandatos suspensos e que permanecessem em casa à noite. Mas o STF autorizou apenas a intimação de parte deles para prestar depoimento."







Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre o caso:



RIO DE JANEIRO (Reuters) - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e dois deputados federais foram alvos nesta terça-feira de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal como parte de investigação sobre pagamento de vantagens indevidas da holding J&F a diversos políticos por meio do senador, em valores que se aproximam de 130 milhões de reais.



Os mandados judiciais foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informou a Procuradoria-Geral da República em comunicado. Segundo a PGR, as medidas cautelares são sigilosas e os nomes dos alvos não serão divulgados, mas agentes da PF fizeram buscas em endereços de Aécio e de pessoas ligadas a ele no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, segundo imagens de TV.







A PGR também fez uma referência a Aécio ao afirmar, em comunicado, que o senador investigado teria prometido favorecimentos ao grupo empresarial em um eventual governo presidencial entre 2015 e 2018, além de influência junto ao governo estadual de Minas Gerais com o objetivo de viabilizar a restituição de créditos tributários.



Aécio foi derrotado no 2º turno da eleição presidencial de 2014 por Dilma Rousseff (PT), e antes foi governador de MG por dois mandatos entre 2003 e 2010.



“Ao todo, o grupo econômico (J&F) teria repassado cerca de 130 milhões de reais que foram distribuídos a parlamentares de pelo menos três legendas”, disse a PGR no comunicado, acrescentando que as investigações são decorrentes de informações prestadas em colaboração premiada por diretores da J&F.



Segundo a PGR, o objetivo das cautelares é reunir provas do pagamento de “vantagens indevidas por parte do Grupo Empresarial J&F a políticos por meio do senador”.



A defesa de Aécio não respondeu de imediato a um pedido de comentário.



De acordo com a Polícia Federal, outros cinco parlamentares são suspeitos de envolvimento no esquema, sendo dois senadores e três deputados federais. Os demais políticos investigados são, segundo a TV Globo, os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN) e os deputados Benito Gama (PTB-BA), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Paulinho da Força (SD-SP).



Não foi possível localizar de imediato representantes desses parlamentares.



A Polícia Federal informou que no total foram expedidos pelo Supremo 24 mandados de busca e apreensão e 48 intimações para depoimentos a serem cumpridos em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Amapá, Rio Grande do Norte e na Bahia.



“Suspeita-se que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias”, disse a PF em comunicado.



Segundo a PF, os recursos ilegais teriam sido utilizados para a obtenção de apoio político e também para fins da campanha presidencial de 2014.



A ação desta terça-feira, chamada operação Ross, é um desdobramento da Operação Patmos, uma fase da Lava Jato deflagrada em maio de 2017 que teve como base a delação de executivos da J&F. À época, Aécio chegou a ser afastado do exercício parlamentar em decorrência da investigação.



Procurada, a J&F disse que não vai se pronunciar sobre a nova operação.



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