926 visitas - Fonte: Folha
O Brasil não está nem perto de ter vacinas para todos os habitantes, mas já está planejando vender doses.
Países do Cone Sul têm avançado em negociações para adquirir a vacina Coronavac por meio do Instituto Butantan. Outros o fazem por via direta com o laboratório chinês Sinovac, como o Chile, que recebeu os primeiros 2 milhões de doses na última quinta-feira (28).
No Uruguai, o presidente Luis Lacalle Pou anunciou, no último sábado (23), que já está encaminhada a compra de 1,75 milhão de vacinas do laboratório chinês. Na estimativa dele, elas começariam a chegar entre o final de fevereiro e em março. Faltaria apenas o pagamento.
Na terça-feira (26), porém, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou à Folha que, diferentemente do que disse o mandatário uruguaio, o acordo com esse país não estava fechado e que havia apenas um "pré-acordo em andamento", sem especificação do número de doses.
Covas reafirmou à Folha que o acordo com a Argentina é "o mais avançado de todos no processo de possíveis exportações" do Butantan. Por ora, a Argentina vem vacinando profissionais da saúde com a vacina russa Sputnik V. Já foram aplicados 200 mil doses. Porém, o instituto Gamaleya, que fabrica a Sputnik V, vem descumprindo as datas da entrega dos primeiros 5 milhões de doses, e a Argentina começa a ficar sem opções, uma vez que recusou a oferta da Pfizer por afirmar que não tem como investir nos ultracongeladores necessários.
Assim, o governo afirma que está correndo para assinar contratos para a compra de doses das chinesas Sinopharm eSinovac, ainda sem número de doses ou de datas definidas.
O Paraguai divulgou um programa de vacinação que tem como objetivo imunizar seus 7 milhões de habitantes. "A ideia é que 30% da população seja vacinada por meio do mecanismo Covax", disse à Folha Guillermo Sequera, diretor-geral de vigilância sanitária do país.
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