Golpe militar em Mianman, na Ásia

Portal Plantão Brasil
31/1/2021 23:35

Golpe militar em Mianman, na Ásia

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480 visitas - Fonte: Folha

Após a prisão da líder civil de Mianmar, Aung San Suu Kyi, e outras autoridades do partido no poder, os militares declararam estado de emergência e afirmaram que o líder do Exército, o general Min Aung Hlaing, está no comando do país asiático.







A declaração foi feita por meio de uma emissora de TV militar. As autoridades foram detidas em uma ação realizada logo no início da manhã desta segunda-feira (1º), no horário local, noite de domingo (31) no Brasil.



A operação vem na esteira da escalada de tensões entre o governo civil e militares, o que gerou temores de um golpe após uma eleição que o Exército diz ter sido fraudulenta.







Suu Kyi, 75, vencedora do Nobel da Paz em 1991 por sua resistência não violenta à junta que a prendeu, chegou ao poder com uma vitória esmagadora em 2015, após 15 anos de prisão domiciliar em uma luta pela democracia que a transformou em um ícone internacional.



Na eleição de novembro do ano passado, a NLD também conquistou uma vitória esmagadora, derrotando o Partido da União Solidária e Desenvolvimento, pró-militar —foram 396 assentos dos 476 no Parlamento contra apenas 33.



Os militares afirmaram que houve fraude, com partidos que representam centenas de milhares de minorias étnicas fazendo coro após terem sido descredenciados pouco antes da eleição, pois a as áreas onde moram supostamente eram muito conflituosas para o pleito ocorrer. A minoria rohingya também não conseguiu depositar seus votos.



A comissão eleitoral de Mianmar rejeitou as alegações de fraude eleitoral, dizendo que não houve erros grandes o suficiente para afetar a credibilidade do voto. A Constituição reserva 25% dos assentos no Parlamento para os militares e o controle de três ministérios importantes na administração de Suu Kyi.







Há dois dias, o secretário-geral da ONU, António Guterres, já havia alertado sobre a situação. Ele pediu que "todos os atores desistam de qualquer forma de incitação, demonstrem liderança e adiram às normas democráticas, respeitando o resultado da eleição de 8 de novembro".



Mianmar foi celebrado internacionalmente como um caso raro em que generais entregaram voluntariamente algum poder aos civis, honrando os resultados das eleições em 2015 que deram início ao mandato da NLD —os integrantes do partido passaram anos na prisão por sua oposição política aos militares. Mas o Exército, liderado pelo general Min Aung Hlaing, ainda manteve importante controle no poder.



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