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Ex-executivos da Odebrecht apresentaram contratos fictícios, comprovantes de transferências, extratos bancários, registros telefônicos e outros documentos para corroborar parte das acusações feitas nos depoimentos prestados nos acordos de delação premiada com a Lava Jato.
Os papéis serão usados pelo Ministério Público Federal na tentativa de provar os crimes narrados pelos colaboradores nos depoimentos.
As informações são de reportagem de Paulo Gama e Bruno Boghossian na Folha de S.Paulo.
"Políticos envolvidos têm se apegado ao discurso de que a palavra dos delatores não é suficiente para provar as acusações –e que são necessários outros elementos que reforcem o que foi dito.
Parte dos papéis entregues tem indicativos mais concretos: extratos bancários, comprovantes de transferência ou até contratos fictícios.
Um deles, de R$ 9,6 milhões, foi assinado entre a Odebrecht e Duda Mendonça. Segundo os delatores, nenhum serviço foi prestado à empreiteira: parte desses recursos foi usada para camuflar o pagamento de uma dívida da campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo em 2014.
A defesa de Duda diz que o marqueteiro não vai se pronunciar. Skaf, em nota, afirma que nunca pediu nem autorizou ninguém a pedir contribuições 'que não as regularmente declaradas'.
Expediente semelhante, dizem os delatores, foi usado para pagar serviços do publicitário Paulo Vasconcelos na campanha de Aécio Neves à Presidência, em 2014. Contratos e notas fiscais foram entregues ao Ministério Público. Aécio e Vasconcelos negam irregularidades."
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