1859 visitas - Fonte: Jamil Chade, no Uol
Da coluna de Jamil Chade no UOL:
A cúpula do clima da ONU, neste sábado, marcará a política externa brasileira. Mas não pelos motivos corretos. O evento que comemora os cinco anos do Acordo de Paris está sendo organizado para que governos de todo o mundo apresentem suas metas de corte de emissões ou ações concretas em termos ambientais. 77 líderes tomarão a palavra, inclusive das maiores economias do mundo e emergentes. Mas, até a noite de sexta-feira, o Brasil estava excluído da lista de oradores.
O motivo: o projeto apresentado pelo país simplesmente não era considerado como suficiente para ser classificado de “ambicioso”. Entre negociadores estrangeiros, a decisão de não incluir o Brasil era um sintoma concreto da crise de credibilidade internacional do atual governo e um abalo a sua reputação. (…)
Estar excluído de uma maneira deliberada de um evento global é um enorme golpe contra a credibilidade internacional do país. Ainda que Bolsonaro ou alguém do governo consiga uma vaga para discursar, o fato de ter sido colocado de fora representa um sinal claro de que o mundo não confia no Brasil. A ausência ainda aprofunda o status de pária internacional, justamente no tema que vai dominar a política mundial nas próximas décadas e provavelmente até as decisões dos caminhos que a sociedade tomará.
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