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O governo de Israel causou polêmica ao publicar e, em seguida, apagar uma mensagem de condolências pela morte do Papa Francisco. A publicação, feita na rede X, dizia: “Descanse em paz, papa Francisco. Que sua memória seja uma bênção”, acompanhada de uma imagem do pontífice no Muro das Lamentações, em Jerusalém. Pouco depois, a mensagem foi removida sem qualquer explicação oficial.
Segundo o jornal Jerusalem Post, o próprio Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que a postagem foi um “erro” e alegou que o papa havia feito declarações críticas a Israel, o que teria motivado a exclusão. A principal referência seria ao posicionamento firme de Francisco diante da tragédia humanitária em Gaza, especialmente suas falas de novembro, quando sugeriu que o mundo deveria avaliar se os ataques israelenses configurariam genocídio contra os palestinos.
Ao longo da guerra iniciada em outubro de 2023, o papa foi uma das poucas vozes globais de autoridade moral a condenar diretamente a campanha militar israelense. Em janeiro, chamou de “vergonhosa” a situação humanitária em Gaza, o que gerou reação negativa do rabino-chefe de Roma, que o acusou de “indignação seletiva”.
Israel, por sua vez, nega veementemente qualquer prática genocida e diz atuar apenas contra o Hamas e outros grupos armados. Ainda assim, o gesto de deletar a mensagem de condolências foi lido internacionalmente como um ato de intolerância política contra a memória do pontífice.
Durante seus 12 anos de papado, Francisco manteve uma postura de neutralidade cuidadosa, condenando o antissemitismo e mantendo contato diário com a minoria cristã em Gaza. Em 2014, visitou tanto o Muro das Lamentações quanto uma parte do muro que separa Jerusalém da cidade palestina de Belém, simbolizando seu compromisso com a paz e o diálogo.
Com informações do DCM
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