685 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O presidente Lula demonstrou indignação diante da tentativa do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) de propor uma redução das penas para os golpistas do 8 de janeiro. A proposta, apresentada como alternativa à anistia ampla em debate na Câmara, é vista no Planalto como manobra oportunista para aliviar criminosos bolsonaristas e criar desgaste político para o presidente da República.
Segundo fontes próximas ao governo, Alcolumbre estaria tentando aumentar seu poder de barganha, agindo de forma semelhante ao ex-deputado Eduardo Cunha. O senador articula com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma proposta que simula endurecimento contra líderes dos atos, mas abre brechas para impunidade da base bolsonarista.
A medida inclui permitir que réus considerados “massa de manobra” cumpram pena em regime semiaberto ou domiciliar. A proposta surge no momento em que o Supremo Tribunal Federal tem sido atacado por bolsonaristas por aplicar punições severas a envolvidos nos atos antidemocráticos que atentaram contra a democracia.
Mesmo com apoio pontual de senadores governistas como Randolfe Rodrigues e Jaques Wagner, a proposta enfrenta forte oposição dentro do próprio Executivo. Ministros afirmam que a Constituição deve prevalecer e que qualquer recuo significaria um perigoso estímulo a novos atentados contra a ordem institucional.
Outro ponto polêmico é o desejo de Alcolumbre de evitar condenações por golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático ao mesmo tempo, como forma de “uniformizar” as decisões do STF. Essa tentativa é interpretada como interferência indevida no Poder Judiciário e afronta à independência entre os poderes.
Para o presidente Lula, essa articulação não passa de uma tentativa de blindar criminosos, enfraquecer o STF e criar uma falsa narrativa de conciliação. O chefe do Executivo rechaça qualquer tipo de concessão aos que tentaram destruir a democracia brasileira.
Com informações do DCM
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