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O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (19) uma fase decisiva do julgamento que trata da tentativa de golpe bolsonarista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a vitória nas eleições de 2022. Começam a ser colhidos os depoimentos de testemunhas indicadas pela acusação, com previsão de seguir até o início de junho. A etapa mira diretamente figuras civis e militares envolvidas ou que tinham conhecimento das articulações golpistas de Jair Bolsonaro (PL) e seu entorno.
A lista inicial da Procuradoria-Geral da República inclui nomes centrais da engrenagem que tentou destruir a democracia. Entre eles estão o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e o ex-chefe da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, que teriam sido procurados por Bolsonaro para apoiar um decreto que anulasse as eleições. Também serão ouvidos Éder Lindsay Balbino, dono de uma empresa ligada à fiscalização do pleito; Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor que elaborava planilhas sobre eleitores; e Adiel Pereira Alcântara, acusado de atuar para impedir o voto no segundo turno.
Outro ponto crucial desta etapa é o depoimento das testemunhas ligadas à delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que revelou o plano detalhado de ruptura institucional. Entre os nomes indicados por ele estão o general Júlio Cesar de Arruda, que chefiava o Exército em 8 de janeiro de 2023, e Luís Marcos dos Reis. As oitivas desses militares estão agendadas para quinta-feira (22).
Na sexta-feira (23), será a vez dos depoentes ligados ao ex-ministro bolsonarista Braga Netto e ao deputado Alexandre Ramagem, ambos profundamente implicados nas investigações. Entre os convocados estão ex-diretores da Abin e da Polícia Federal, além de outros agentes ligados ao bolsonarismo mais radical.
Entre os dias 30 de maio e 2 de junho, serão ouvidas as testemunhas da defesa do próprio Bolsonaro, como o governador bolsonarista de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-ministro Gilson Machado e o deputado Eduardo Pazuello. Também estão na lista o senador Rogério Marinho e o ex-secretário do TSE Giuseppe Janino, parte da tentativa de desmoralização do sistema eleitoral.
Jair Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e por liderar organização criminosa. Além dele, outras 33 pessoas são acusadas. A Justiça agora ouve, com seriedade e firmeza, aqueles que atuaram nos bastidores para tentar sabotar a democracia brasileira.
Com informações do DCM
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