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A desfaçatez do bolsonarismo não conhece limites, mesmo atravessando fronteiras. Rebeca Ramagem, esposa do ex-deputado e condenado Alexandre Ramagem, anunciou nas redes sociais que o marido, atualmente foragido da Justiça brasileira, está preparando um curso online. Segundo ela, a ideia é que os apoiadores comprem o conteúdo para garantir o sustento da família no exterior, disfarçando o que seria uma vaquinha sob o manto de uma "venda de conhecimento" para o que chamam de "pessoas de bem".
O currículo do "professor", no entanto, é o que realmente chama a atenção, mas pelo lado negativo. Alexandre Ramagem foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 16 anos de prisão por sua participação direta na tentativa de golpe de Estado contra o governo legítimo de Lula. Além da pena de reclusão, o criminoso perdeu o mandato na Câmara dos Deputados, conforme dita a Constituição Federal, e fugiu para os Estados Unidos em setembro para escapar de suas responsabilidades com a lei brasileira.
Enquanto vivem o exílio de luxo na Flórida, a conta para o povo brasileiro só cresce. Desde que Ramagem decidiu se tornar um fugitivo, ele já gerou um prejuízo de R$ 532 mil aos cofres públicos. É um tapa na cara do trabalhador brasileiro ver um condenado por atentar contra a democracia tentando monetizar sua imagem na internet enquanto o Estado gasta fortunas para lidar com os desdobramentos de sua fuga e de seus atos antidemocráticos.
A procuradora Rebeca Ramagem também aproveitou o espaço para fazer coro ao discurso de vitimismo típico do clã. Ela reclamou publicamente do bloqueio de suas contas bancárias, alegando ser servidora pública há 22 anos e afirmando que não responde a processos. No entanto, esquece-se de que a justiça atua para impedir que recursos de origem duvidosa ou ligados a criminosos foragidos circulem livremente, garantindo que a aplicação das penas não seja contornada por laranjas ou familiares.
Em seus ataques ao Poder Judiciário, a esposa do foragido classificou as decisões do ministro Alexandre de Moraes como "desumanas e inconstitucionais". É a velha estratégia bolsonarista: atacar o STF e falar em "abuso de poder" para desviar o foco do crime real — a tentativa de derrubar um governo eleito e destruir as instituições. Para quem sempre defendeu o "lei e ordem", a resistência em aceitar o devido processo legal e a fuga para o exterior mostram a verdadeira face do grupo.
O anúncio desse curso nada mais é do que uma tentativa desesperada de manter o fluxo de caixa de quem perdeu as mamatas do poder e as chaves dos cofres que antes controlava. Enquanto Ramagem tenta se vender como mentor digital, a justiça brasileira segue firme no propósito de trazê-lo de volta para cumprir cada dia de sua sentença. A democracia venceu, e o destino dos golpistas será, inevitavelmente, o acerto de contas com a história e com a cadeia.
Com informações do DCM
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