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Preocupado com o fortalecimento do programa de mísseis balísticos do Irã, o governo de Israel avalia a possibilidade de uma nova ofensiva militar contra o país e busca explicitamente o aval e o envolvimento dos Estados Unidos para a ação. Autoridades israelenses preparam um informe detalhado com opções estratégicas que serão apresentadas ao presidente norte-americano Donald Trump, tentando convencê-lo a apoiar ou mesmo participar de uma segunda investida, o que elevaria drasticamente o risco de uma guerra regional em larga escala. A iniciativa revela a disposição de Tel Aviv em reacender um conflito direto, ignorando as consequências humanitárias e políticas de um novo ciclo de violência.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que enfrenta crises políticas internas, tenta projetar a ameaça iraniana como um problema estratégico para Washington, argumentando que o avanço militar de Teerã colocaria em risco aliados dos EUA na região. No entanto, a estratégia é vista por analistas como uma manobra para obter cobertura internacional para ações unilaterais e de alto risco. A tentativa de arrastar os Estados Unidos para um novo conflito ocorre após o confronto de junho, quando um ataque israelense desencadeou 12 dias de troca de ofensivas que colocaram todo o Oriente Médio em alerta, sem que nenhum dos lados alcançasse objetivos políticos claros – conforme o próprio líder supremo iraniano, Ali Khamenei, afirmou que Israel e EUA haviam saído "de mãos vazias" daquela escalada.
A busca por uma nova guerra, longe de ser uma resposta defensiva, reflete uma política externa agressiva e instável, que ameaça aprofundar a devastação em uma região já marcada por conflitos prolongados e sofrimento civil. Ao invés de investir em vias diplomáticas e no cumprimento de acordos multilaterais, o governo Netanyahu opta por cenários bélicos que podem desestabilizar ainda mais o equilíbrio geopolítico, com o perigoso ingrediente de um possível endosso da administração Trump, conhecida por seu tom belicoso e desprezo por mecanismos de paz. A população civil, tanto no Irã quanto em países vizinhos, é quem pagaria o preço mais alto por mais uma aventura militar sem garantias de resolução.
Com informações da Sputnik
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