524 visitas - Fonte: Tijolaço
Há um “pequeno” detalhe que os jornais teimam em ignorar nesta ridícula “disputa” que se está encenando em torno da água que abastece o Rio Paraíba do Sul e a represa do Jaguari-Igaratá da Cesp, empresa do governo paulista.
É que nem uma gota desta água pode ser levada à sedenta São Paulo, a menos que a engarrafem ou a coloquem em caminhões-pipa, o que é ridículo quando se pensa em abastecer a maior cidade da América do Sul.
E , mesmo com a transposição de suas águas para o Cantareira, através de um complexo sistema de canos, túneis e bombas, para vencer os 20 km de distância e os 160 metros de desnível que os separam, nenhuma gota iria nos próximos, pelo menso, dois anos.
Então porque Geraldo Alckmin criou este factóide, se ele nada tem a ver com o enfrentamento da crise hídrica de São Paulo, que é agora e já?
Porque, com a farta colaboração da mídia, isso desvia a atenção para uma suposta disputa entre cariocas e paulistas pela água, o que jamais teve algo a ver com os problemas de abastecimento paulistanos.
E ainda coloca o Governo Federal, que nunca foi ouvido nas suas advertências para que se controlasse a água no início do ano, como o “algoz” dos paulistas. Ou, pelo menos, tenta fazer isso, porque a história é tão ridícula que não se sustenta sem a cumplicidade da mídia.
Inútil, porque não é com demagogia que se combate um problema que é muito grave.
E que entra numa nova fase, com o esgotamento das reservas do maior reservatório – o Jaguari-Jacareí – que está reduzido a um lodaçal, e o início imediato do bombeamento das águas do Atibainha, hoje ou amanhã, no máximo.
Desde o início do bombeamento, em 17 de maio, o Cantareira perdeu a metade dos 255 bilhões de litros que, até aquela data, armazenava.
Esta é a relidade, cujas imagens e números são “racionados” na mídia, enquanto a “Batalha de Itararé” de Alckmin ganha as manchetes.
E a Batalha de Itararé, como todos sabem, foi aquela que não existiu
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