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A Polícia Federal apontou que a família do garimpeiro Rodrigo Martins de Mello, conhecido como Rodrigo Cataratas, teve um "papel de protagonismo" na fuga do ex-deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado a 16 anos de prisão pela trama golpista. Segundo a investigação, Cataratas, sua mulher Priscila de Mello e o filho Celso Rodrigo de Mello ajudaram Ramagem a obter documentos falsos para "ludibriar as autoridades americanas" e conseguiram uma estadia para ele em um condomínio de luxo em Miami, onde o ex-parlamentar vive foragido desde setembro. A conduta da família, segundo a PF, mostra "o claro intuito de financiar a organização criminosa" investigada no caso.
As informações constam em trecho da investigação citado na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que negou a Jair Bolsonaro a transferência para a prisão domiciliar. A PF detalhou que os investigados viabilizaram a moradia de Ramagem e o auxiliaram com documentos falsos para obter a carteira de motorista local. Celso Rodrigo de Mello foi preso em Manaus no último sábado por ordem de Moraes, enquanto o advogado de Rodrigo Cataratas afirmou que a defesa só se manifestará após ter acesso aos autos.
Rodrigo Cataratas, um dos líderes do "Movimento Garimpo é Legal" e pré-candidato ao Senado pelo PRD, declarou em 2022 um patrimônio de R$ 33,6 milhões, incluindo dez aeronaves e R$ 4,5 milhões em dinheiro vivo. O caso expõe as conexões financeiras que sustentaram a fuga de um dos condenados centrais do golpe, reforçando a tese da PF de que a organização criminosa contou com uma rede de apoio logístico e econômico para proteger seus integrantes. A investigação segue em andamento, com a expectativa de novas medidas para localizar e repatriar Ramagem, que teve seu mandato cassado pela Câmara.
Com informações do jornal O Globo
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