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Durante a Cúpula do Mercosul, realizada neste sábado (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o acordo comercial entre o bloco sul-americano e a União Europeia como uma resposta política relevante ao avanço do unilateralismo nas relações internacionais. Lula afirmou que o Mercosul dá exemplo de como é possível exercer o multilateralismo para cuidar do crescimento das economias e da melhoria de vida dos povos, destacando que "o mundo está ávido a fazer acordo com o Mercosul" e que muitos países buscam negociar com o grupo. A declaração ocorre em meio a um novo impasse, com a União Europeia pedindo o adiamento da assinatura do tratado, inicialmente prevista para este sábado, após objeções de países como Itália e França, preocupados com os impactos em seus setores agrícolas.
O Paraguai assumiu a presidência rotativa do Mercosul e sinalizou disposição para manter o diálogo, mas alertou que a espera por uma definição europeia não pode se prolongar indefinidamente. O ministro das Relações Exteriores paraguaio, Rubén Ramírez Lezcano, afirmou que o bloco tem sido paciente, mas que essa postura não é permanente. O tratado envolve 722 milhões de pessoas e um volume econômico estimado em 22 trilhões de dólares, reforçando sua relevância estratégica. Lula reconheceu que os termos negociados favorecem mais o bloco europeu, mas ressaltou a importância política do acordo para fortalecer o sistema multilateral de comércio em um momento de turbulência global.
A expectativa agora é que a assinatura ocorra em janeiro de 2026, mas o processo segue sujeito às pressões internas dentro da União Europeia. O presidente brasileiro enfatizou a necessidade de concluir as negociações que não foram possíveis em seus mandatos anteriores, projetando o Mercosul como um ator central na recomposição das cadeias globais de comércio. O discurso de Lula reforça a narrativa de que o bloco, apesar das assimetrias, se consolida como um polo de atração para parcerias internacionais, em contraste com as tensões protecionistas que marcam a geopolítica contemporânea.
Com informações do Brasil247
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