2937 visitas - Fonte: blogdomiro
A explosão da internet e a perda contínua de credibilidade, entre outros fatores, têm agravado a crise do modelo de negócios da mídia tradicional. Na semana passada, o Grupo Bandeirantes anunciou que extinguirá quatro programas a partir de 31 de dezembro. O principal é o Tá Na Tela, apresentado por Luiz Bacci, que está no ar há apenas quatro meses e foi o maior investimento da emissora neste semestre. Também deixarão de ser veiculados o Polícia 24H, o Sabe ou Não Sabe e o Zoo. Ainda não há informações seguras se a extinção dos programas resultará em mais demissões na Band.
Segundo relato de Daniel Castro, do site especializado "Notícias da TV", o anúncio do fim dos quatro programas gerou um clima de terror na emissora. "Bacci foi informado das mudanças em reunião na tarde desta sexta-feira (5). O jornalista, que deixou a Record em maio deste ano, ficou arrasado com a notícia. No ar desde agosto, o Tá Na Tela aumentou a audiência da Band em seu horário em 50%, de 2 para 3 pontos. O Notícias da TV apurou que a extinção dos programas é consequência de um corte de R$ 25 milhões no orçamento de produção para 2015. O corte orçamentário, por sua vez, decorre da previsão de retração nos investimentos publicitários".
Outras emissoras de televisão também enfrentam turbulências. Em novembro circulou o boato de que a Record demitiria cerca de 800 profissionais. O corte representa quase 20% dos 4.300 funcionários da emissora em São Paulo e do RecNov, a central de estúdios no Rio de Janeiro. A empresa não confirmou a informação, mas antecipou que está prevista uma redução de 20% nos investimentos da emissora em 2015 - também em decorrência da perda de publicidade. Na semana passada, a TV Cultura - detonada pelos tucanos que comandam a tevê pública - também anunciou a extinção de programas e o "fantasma do desemprego" voltou a rondar a emissora. Já a RedeTV está falida!
A crise destas emissoras reforça o monopólio da Rede Globo, que tem mais gordura para queimar e conta com vários mecanismos - inclusive ilícitos, como o Bônus de Volume (BV) - para se proteger. Mas mesmo o império global sente os impactos no seu modelo de negócios. A queda de audiência afugenta os anunciantes, que investem mais em publicidade nos meios digitais. A velha tese de que a explosão da internet só atingiria a mídia impressa - com a falência de centenas de jornais e revistas - vai se mostrando furada. Neste caso, não é uma marolinha, mas sim um tsunami!
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