489 visitas - Fonte: Exame
Mercadante: as principais críticas ao ministro referem-se a decisões vistas como de confronto com o PMDB
Brasília - Aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff colocou em prática o afastamento do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da articulação política do governo.
A movimentação de Lula iniciou-se no começo de fevereiro, logo após o Palácio do Planalto sofrer derrotas no Congresso que foram atribuídas por petistas e aliados à atuação do ministro petista.
As principais críticas a Mercadante referem-se a decisões vistas como de confronto com o PMDB. O governo estimulou o lançamento da candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acabou eleito presidente da Câmara, em fevereiro.
Atribui-se também ao chefe da Casa Civil a ideia de criação de um novo núcleo governista, com a participação do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e do agora ex-ministro da Educação Cid Gomes (PROS)
. O que mais irritou pemedebistas foi a propalada ideia de criação de um novo partido, por Kassab, entendido como uma tentativa de reduzir poder do principal aliado do governo.
Até Lula pedir o afastamento de Mercadante das funções de coordenador político, o ministro agia ativamente para tentar aprovar no Congresso as propostas encaminhadas pelo Executivo.
Chegou a se reunir com as bancadas do PMDB e do PSD para pedir apoio ao pacote fiscal formulado pela equipe econômica.
Mas essa função passou a ser exercida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy - especialmente depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolveu ao Executivo uma das medidas provisórias do ajuste fiscal, que reduzia a desoneração da folha de pagamento das empresas.
Desde o início do mês, Levy já esteve no Congresso reunido com Renan Calheiros e Eduardo Cunha para discutir as medidas do pacote, assim como com a bancada do PT na Câmara, com a qual ele se reuniu na última terça-feira. A ausência de Mercadante no encontro com seu partido não passou despercebida aos participantes da reunião.
Protestos
Após as manifestações do dia 15 de março contra o governo Dilma, que levaram milhares de pessoas às ruas, outros nomes da articulação política vieram a público responder pelo Palácio do Planalto.
Coube aos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, falar ainda no domingo sobre os protestos.
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.