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O bilionário Elon Musk, que se aliou ao governo de Donald Trump numa cruzada contra serviços públicos, anunciou sua saída da administração ultradireitista dos EUA. O anúncio foi feito de forma narcisista e pomposa em sua própria rede social, a X, onde agradeceu ao ex-presidente pela chance de “cortar gastos desnecessários”. Traduzindo: ajudar a desmontar políticas públicas essenciais.
Musk se referia ao tal Departamento de Eficiência Governamental (Doge), uma invenção do trumpismo para justificar o desmonte de estruturas públicas. Com o pretexto de "eficiência", a equipe coordenada por Musk já havia provocado cortes profundos em órgãos importantes como a USAid e o US Digital Service, além de ter demitido servidores experientes e tomado controle de sistemas computacionais sensíveis.
Apesar de posar como tecnocrata, a saída de Musk do governo era previsível, sobretudo diante do colapso financeiro da Tesla. A montadora registrou uma queda de 71% nos lucros no primeiro trimestre de 2025, escancarando que o gênio do Vale do Silício não anda tão genial assim.
A missão de Musk, segundo ele mesmo, “foi cumprida”. Ou seja, o estrago já foi feito. A continuidade do Doge, no entanto, é incerta. Mesmo com a promessa de que o modelo de cortes se tornará “um modo de vida”, cresce nos bastidores o temor de que os serviços essenciais entrem em colapso.
Veja sua publicação no X:
As my scheduled time as a Special Government Employee comes to an end, I would like to thank President @realDonaldTrump for the opportunity to reduce wasteful spending.
— Elon Musk (@elonmusk) May 29, 2025
The @DOGE mission will only strengthen over time as it becomes a way of life throughout the government.