Coronel ligado a Bolsonaro liderava grupo de extermínio e vendia sentenças, diz PF

Portal Plantão Brasil
29/5/2025 09:13

Coronel ligado a Bolsonaro liderava grupo de extermínio e vendia sentenças, diz PF

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O coronel reformado Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, ex-colega de Jair Bolsonaro na turma de 1977 da Aman, é apontado pela Polícia Federal como líder de uma organização criminosa de extermínio chamada “Comando C4” — sigla para Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos. Investigado no inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro, Caçadini foi alvo de operação da PF nesta quarta-feira (28).

Segundo as apurações, o militar da reserva incitou o confronto entre as Forças Armadas e os Poderes da República, usando redes sociais para disseminar mensagens golpistas e de incitação à ruptura institucional. Logo após os ataques de janeiro de 2023, ele criou o perfil “Frente Ampla Patriótica”, em que publicava vídeos com conteúdo conspiratório e antidemocrático.

Devido ao caráter político-ideológico das mensagens e à gravidade das ações, a Justiça Militar declinou da competência, e o caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, onde tramita junto ao inquérito dos ataques antidemocráticos.

Em janeiro de 2024, Caçadini foi preso preventivamente por financiar o assassinato do advogado Roberto Zampieri, executado em Cuiabá. A prisão revelou uma rede criminosa ainda maior, que envolve suspeitas de venda de sentenças judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e até no STJ, segundo a PF.

A investigação mostra que o grupo liderado por Caçadini mantinha uma verdadeira tabela de preços para execução de autoridades públicas: R$ 250 mil para juízes, R$ 150 mil para senadores e R$ 100 mil para deputados. Parte das ações é mantida sob sigilo para aprofundar o rastreamento da quadrilha e identificar mais envolvidos.

Antes de se tornar símbolo da podridão golpista, Caçadini atuou como subsecretário de Integração de Segurança Pública de Minas Gerais, durante o governo de Romeu Zema (NOVO), em 2019. Ele ingressou na reserva do Exército em 2002.

Com informações do DCM

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